segunda-feira, março 20, 2006

Coisas em que eu não reparei e coisas em que eu reparei, mas que não sei o que são…

A propósito do artigo que escrevi ontem, recebi hoje, logo pela manhã, um e-mail de um amigo (só poderia ter sido de um grande amigo, claro está) a lembrar-me que, provavelmente, por causa das minhas férias da semana passada, ter-me-ia passado despercebido que o meu Benfica tinha sido eliminado da Taça de Portugal de futebol, pelo Vitória de Guimarães.

É curioso que, nesse preciso dia, eu estive na cidade berço mas, juro, que nem sequer me lembrei que o Benfica e o Vitória jogavam naquela hora o futuro de Portugal, perdão, a eliminatória da Taça de Portugal.

Não me lembrei do jogo, por acaso, mas não me esqueci de ir ver uma vez mais, a frase bem em destaque na muralha do castelo de Guimarães: “Aqui Nasceu Portugal”. Quem sabe se aquela frase, nesse dia em particular, não teria sido também, um pouco premonitória do resultado do jogo. Seja como for, e perante a vitória do Vitória, não me resta outra coisa do que “vitoriar” desportivamente “BIBÓ BITÓRIA”.


O que também me escapou durante a semana e, por isso, só agora tomei conhecimento, foi a mudança de estilo das reuniões habituais entre o Presidente da República e o Primeiro-ministro. Ou antes, talvez fosse melhor dizer a mudança não de estilo mas do lugar onde, agora, se efectuam as audiências, que passaram do sofá para uma mesa redonda.

Acho bem a mudança. Pelo menos para quem vê as fotografias desses encontros, dá a sensação que agora há, de facto, uma verdadeira reunião de trabalho e não um encontro de amigos, sentados confortavelmente no sofá, a falar sobre, sabe-se lá o quê.
A não ser que, e esta é também uma hipótese, por questões de saúde, Cavaco Silva tenha decidido que as cadeiras onde agora se sentam, sejam bem mais adequadas à saúde das colunas dos dois políticos, e daí…


Já de regresso a casa, vi pela televisão algumas imagens do Conselho Nacional de CDS, que se realizou no último domingo em Leiria. E o que percebi daquela grande embrulhada (se é que percebi bem) é que tudo aquilo gira à volta da liderança do partido. De facto, Ribeiro e Castro é cada vez mais contestado no interior do CDS, quer pelos chamados críticos (onde se encontra, adivinhem quem, Paulo Portas) quer pela sua própria bancada parlamentar e, naturalmente, não se vislumbra como é que ele conseguirá arranjar tempo para pacificar o que quer que seja, uma vez que anda num constante vaivém entre Lisboa e Bruxelas, onde continua a ser deputado europeu.

Bom, mas eles lá se entenderão. Afinal, o que mais chamou a minha atenção foram os comentários de Nuno Melo, de Telmo Correia e de Pires de Lima, (este último a quem muitos apontam como o futuro líder do CDS) e, sobretudo, ao apelo feito exactamente por Pires de Lima “nós queremos que o CDS seja um partido sedutor, um partido sexy”.

O que é isto de um partido sexy, Pires de Lima? Partidos de esquerda, de direita, neo-liberais, mas sexy? Não, nunca ouvi falar em tal, mas se o senhor afirma que quer um CDS sexy, para mim as dúvidas terminaram, até mesmo aquelas mais recorrentes. Por favor Pires de Lima envie-me já uma ficha de inscrição para o seu partido sexy.

3 comentários:

Anónimo disse...

Um partido sexy? Estou chocada! Eu não tive o grato prazer de ouvir isto... Se calhar se os elementos do CDS que estão na assembleia, fizerem antes de cada sessão uma exibiçãozinha, tipo can-can, em lingerie, é capaz de ser sexy! Ou então não... Mas tremendamente assustador é de certeza!

Anónimo disse...

Paula, acorda. Oh rapariga estás a ver a figura do Telmo Correia a dançar o can-can lá na bancada dele e, ainda por cima em lingerie amarela e azul? Sim porque lingerie vermelha, que, cá para mim, é muito mais sexy, vai contra os princípios deles. E daí, talvez não…

Anónimo disse...

Já uma pessoa não pode ir de férias... É só novidades Sr. demascarenhas. Espero que pelo menos, tirando a sorte do Benfica (que a mim muito me entristeceu... hé!hé!hé!) o resto tenha corrido bem.