segunda-feira, janeiro 19, 2009

Então, em que ficamos?

Agora que o ciclo eleitoral se aproxima e os portugueses tentam, mais do que nunca, adivinhar as entrelinhas escondidas dos discursos dos políticos, é frequente ficarmos com a cara à banda sem saber o que pensar. Sobretudo se as afirmações dos responsáveis de um mesmo partido são completamente antagónicas.

Veja-se, por exemplo, o caso do TGV. Enquanto que, no reinado de Durão Barroso, a então Ministra das Finanças e actual líder do partido – Drª. Manuela Ferreira Leite - assinou um acordo com Espanha sobre o projecto da rede de alta-velocidade ferroviária, a mesma senhora vem agora dizer que se trata de um projecto caríssimo, que não vai ter qualquer viabilidade e que, portanto, deve ser abandonado imediatamente.

Declarações que foram proferidas no mesmíssimo dia em que duas delegações parlamentares do Congresso dos Deputados de Espanha e da Assembleia da República Portuguesa, esta última, chefiada pelo Deputado e Vice-Presidente da AR Guilherme Silva, do PSD, assinavam um documento em que pediam celeridade no projecto do TGV.

Isto é, a Presidente do PSD diz uma coisa e o seu Vice da Assembleia da República diz outra completamente ao contrário. Então, em que ficamos?

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