segunda-feira, dezembro 17, 2007

O sucesso da Presidência Portuguesa da União Europeia


Eu ainda sou daqueles que gostam de ver Portugal realizar bem qualquer coisa em que se meta. Dirão que é lamechice minha mas, o que querem, fico todo orgulhoso de ver o meu país brilhar quando consegue atingir determinados objectivos, ainda por cima difíceis, e quando os outros países, ditos grandes, nos olham com a desconfiança que não vamos ser capazes. Enganaram-se.

Por tudo isso fiquei ainda mais contente com a boa prestação da presidência portuguesa da União Europeia, que agora termina.

E, convenhamos, que a agenda proposta era difícil. Havia que aprovar um Tratado que há muito se esperava e que tinha como interlocutores os representantes de alguns países que não estavam para aí virados, como os polacos e os italianos. Havia várias cimeiras prometidas. Desde logo com África, onde o problema era o Zimbabwé e mais uns quantos ditadores africanos que não queriam ouvir falar em direitos humanos. E as cimeiras com o Brasil, com a China e com a Índia.

Era uma missão espinhosa mas, uma vez mais, Portugal saiu-se bem e dignificado. Não é justo,pois, denegrir o sucesso que foi todo o trabalho desta presidência, muito embora não se possam ainda visualizar os resultados que se venham a alcançar resultantes das várias cimeiras.

Uma só coisa, na minha perspectiva, manchou a parte final da assinatura do “Tratado de Lisboa”. Não, não estou a falar daquela deselegância do primeiro-ministro inglês Gordon Brown, que chegou umas quantas horas atrasado. O que eu achei menos conseguido foi a actuação da cantora Dulce Pontes.

Eu que sempre admirei a artista e que acho que ela tem um magnífico instrumento vocal, penso que ela não esteve nos seus melhores dias. Berrou em vez de cantar e a magnífica voz que possui perdeu-se no meio de tantos gritos, ainda por cima numa das mais belas melodias portuguesas de sempre, a “Canção do Mar”.

O que levou algumas más línguas a sugerir que o atraso de Gordon Brown se justificaria porque ele terá feito tudo para escapar à actuação de Dulce Pontes.

Foi uma pena!

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