terça-feira, junho 15, 2010

Onde é que eu já vi este filme?


A Islândia já foi considerado um país rico e com um alto nível de vida. Só que às vezes, de um momento para o outro, algo corre mal e vai tudo por água abaixo. Primeiro, foi o subprime americano que deu cabo das economias de quase todo o mundo e, como foi o caso, levou a Islândia à falência.


Depois, e como vingança, a Islândia deu luz verde para que o seu vulcão Eyjafjallajokull entrasse em erupção forte, de molde a que as cinzas se espalhassem por uma boa parte da Europa e fossem afectar as economias dos outros países. “Toma para não se ficarem a rir …”, devem ter pensado os islandeses. Ainda por cima, a obrigaram a rapaziada a pronunciar o nome do vulcão o que, convenhamos, não é nada fácil, Eyja … ou lá que é.


Agora a ilha nórdica, virtualmente falida e acossada pelos credores internacionais, achou que tinha chegado a hora de mostrar ao mundo que os tempos estavam a mudar. Longe do estereótipo antigo de que o povo islandês era sombrio e frio, foram muito mais longe. Como? Com a vitória nas eleições autárquicas de um partido cujo programa eleitoral se baseou em três propostas fundamentais: a construção de uma Disneylândia, a compra de um urso polar para o jardim zoológico da capital e a distribuição gratuita de toalhas. Nem mais.


“O Melhor Partido”, assim se chama o partido vencedor, conquistou o eleitorado com uns retumbantes 34,7%. Porém, não se sabe ainda se vai efectivamente assumir o mandato, dado que o resultado obtido pode ter representado apenas o descontentamento dos islandeses pela governação que os levou à situação em que se encontram.


De qualquer forma, se o partido humorista pegar nas rédeas da governação vai querer cumprir a principal promessa eleitoral que o líder do partido, o comediante Jon Gnarr, propalou até à exaustão durante a campanha:


“Vamos prometer o dobro dos outros partidos e cumprir o mesmo: nada!”


Onde é que eu já vi este filme?


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