segunda-feira, junho 07, 2010

A “teimosia” de querer ser solidário



Alguns Amigos admiraram-se de eu não vos ter “desafiado” a participar na campanha de recolha de alimentos do Banco Alimentar Contra a Fome que se realizou no fim-de-semana de 29 e 30 de Maio. É verdade, desta vez, a primeira em muitos anos, não escrevi uma letra que fosse sobre o assunto, apenas, e só, porque não me encontrava no país. Mas sei que, mesmo sem o minha “provocação”, as pessoas estiveram atentas ao chamamento desta obrigação cívica - que é de todos - a favor de quem mais necessita. E a prova é que nesta campanha foram recolhidas 2 006 toneladas de géneros alimentares, mais 3,9% do que tinha acontecido na campanha de Maio de 2009. Apesar de todas as dificuldades e crises, os portugueses insistem em dizer presente. Na verdade, já não me surpreendo!


Mas a generosidade e a solidariedade não se manifestam apenas nas campanhas do Banco Alimentar. Felizmente! Muitas vezes vêem de onde menos se espera, de pessoas que, elas próprias, são extremamente carenciadas.


Ainda há dias ouvi num frente-a-frente da SIC-Notícias a Arquitecta Helena Roseta referir um caso de uma senhora que vivia com muitas dificuldades num bairro pobre de Lisboa e que, apesar disso, deu guarida – abrigo e comida – a uma mulher que vivia na rua com o filho.


É por estas e por outras que eu costumo dizer que há gente que “teima” em ser solidária.

2 comentários:

Vexata disse...

Caríssimo Demascarenhas, então e as férias?
Vancances no exterior e agora estarás cheio de remorsos!?

Sim, porque a frase, "férias passadas no estrangeiro são importações e aumentam a dívida externa portuguesa" (Cavaco), é lapidar.

TÁSSE mesmo a ver que o Citroen rodado até à Figueira, foi produzido em Mangualde e o Rolex seja feito ali prós lados da Lapa, nalguma garagem clandestina!

E agora me lembro, talvez tenha sido por aquele motivo, que o Salazar nunca fez férias no exterior!

demascarenhas disse...

Não, meu Amigo, não sinto remorsos alguns. Viajar cá dentro ou lá fora é sempre um prazer.
Mas eu sei onde queres chegar. A verdade é que as “pérolas presidenciais” a que nos acostumámos, também já não me surpreendem nem me incomodam. Será bom é que, como dizia ontem o Ministro da Economia, os Presidentes dos outros países de onde vem tanta gente passar férias cá em Portugal, não lancem “pérolas” do mesmo género. Aí é que o nosso país iria ficar verdadeiramente incomodado com a falta de massa que os turistas cá deixam e que dão muito jeito à nossa economia e que dão um jeitão a quem trabalha no sector.
Quanto às minhas férias, foram muito boas e gostei imenso.
Um abraço.