Quem leu a minha última crónica sobre a palestra proferida por Leila Navarro e teve ainda a coragem de voltar ao blogue para ler a de hoje, poderá ser tentado a pensar que, entre uma e outra, existe alguma contradição da minha parte.
Na primeira, falava-vos de alguém cujo trabalho consiste em levantar o moral das pessoas, incitando-as a fazerem alguma coisa por elas próprias, a valorizarem o seu potencial, a serem felizes na vida e no trabalho e, no fundo, a respeitarem-se a si próprias.
Hoje, por contraponto, pretendo salientar precisamente uma das piores coisas que há em nós portugueses, a saloiice mental. Aquela mesma saloiice que nos leva a pagar para ir assistir a uma conferência organizada pelo “The Economist Intelligence Unit”, em que alguém supostamente muito conceituado no meio, vem dizer umas quantas baboseiras de como deveríamos governar o nosso país para chegarmos a ter, rapidamente, uma economia muito superior à dos países nórdicos.
É o raio da nossa subserviência sempre atenta ao que vem de fora, o nosso velho costume de nos pormos de cócoras a venerar os estrangeiros que, de certeza, sabem sempre mais do que nós, qualquer que seja o assunto. É, no fundo, o resultado de anos e anos, isolados em torno de nós próprios. Mas esse tempo já lá vai e hoje somos outros completamente diferentes dos do passado. Com todas as dificuldades, com todas as hesitações, é certo, mas capazes de sermos tão bons como os demais.
Quanto à Srª. Ania Thiemann, a tal especialista que veio do estrangeiro para nos dizer que com a rapaziada que temos cá não vamos longe, e que não aconselharia Portugal como destino de investimento, dá vontade de lhe dizer o seguinte:
- apesar do The Economist ter previsto que as nossas exportações cresceriam apenas 3,7%, elas cresceram 9%.
- Apesar da Srª. Ania Thiemann ter previsto que o nosso crescimento económico seria de 0,7% ele situa-se perto dos 1,4%, mais ou menos o dobro.
- O nosso défice ficou abaixo dos 4,6%, coisa que Ania Thiemann sempre duvidou e disse-o pubicamente.
Só mais uma coisa. A Srª. Ania Thiemann afirmou para quem quis ouvir que o governo não fez as reformas que deveria ter feito (na sua opinião) logo no primeiro ano de governação.
Mas, Srª. Thiemann, afinal quem é que tem razão? A senhora, ou o Banco Mundial que considerou Portugal “top reformer of the year”?
Saloios, saloios é o que somos. Saloios até para ouvir – veneradamente e de olhos em bico – os tais “peritos” que nos vêem dizer coisas que já sabemos e que, ao fim e ao cabo, cometem erros de previsão tão descarados.
Ao que parece, a saloiice não tem cura!
Na primeira, falava-vos de alguém cujo trabalho consiste em levantar o moral das pessoas, incitando-as a fazerem alguma coisa por elas próprias, a valorizarem o seu potencial, a serem felizes na vida e no trabalho e, no fundo, a respeitarem-se a si próprias.
Hoje, por contraponto, pretendo salientar precisamente uma das piores coisas que há em nós portugueses, a saloiice mental. Aquela mesma saloiice que nos leva a pagar para ir assistir a uma conferência organizada pelo “The Economist Intelligence Unit”, em que alguém supostamente muito conceituado no meio, vem dizer umas quantas baboseiras de como deveríamos governar o nosso país para chegarmos a ter, rapidamente, uma economia muito superior à dos países nórdicos.
É o raio da nossa subserviência sempre atenta ao que vem de fora, o nosso velho costume de nos pormos de cócoras a venerar os estrangeiros que, de certeza, sabem sempre mais do que nós, qualquer que seja o assunto. É, no fundo, o resultado de anos e anos, isolados em torno de nós próprios. Mas esse tempo já lá vai e hoje somos outros completamente diferentes dos do passado. Com todas as dificuldades, com todas as hesitações, é certo, mas capazes de sermos tão bons como os demais.
Quanto à Srª. Ania Thiemann, a tal especialista que veio do estrangeiro para nos dizer que com a rapaziada que temos cá não vamos longe, e que não aconselharia Portugal como destino de investimento, dá vontade de lhe dizer o seguinte:
- apesar do The Economist ter previsto que as nossas exportações cresceriam apenas 3,7%, elas cresceram 9%.
- Apesar da Srª. Ania Thiemann ter previsto que o nosso crescimento económico seria de 0,7% ele situa-se perto dos 1,4%, mais ou menos o dobro.
- O nosso défice ficou abaixo dos 4,6%, coisa que Ania Thiemann sempre duvidou e disse-o pubicamente.
Só mais uma coisa. A Srª. Ania Thiemann afirmou para quem quis ouvir que o governo não fez as reformas que deveria ter feito (na sua opinião) logo no primeiro ano de governação.
Mas, Srª. Thiemann, afinal quem é que tem razão? A senhora, ou o Banco Mundial que considerou Portugal “top reformer of the year”?
Saloios, saloios é o que somos. Saloios até para ouvir – veneradamente e de olhos em bico – os tais “peritos” que nos vêem dizer coisas que já sabemos e que, ao fim e ao cabo, cometem erros de previsão tão descarados.
Ao que parece, a saloiice não tem cura!
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