quarta-feira, novembro 21, 2007

Inadmissível

Todos sabemos que os portugueses gostam de se divertir e que, a esmagadora maioria, tem mesmo um alto sentido de humor. Trata-se, de facto, de um povo espirituoso por natureza, a que não será alheio o bom nível de vida e o elevado poder de compra que o país lhe proporciona e que ajuda - e de que maneira - a que se encare a vida de uma forma alegre e despreocupada.

Talvez por isso, se fique com a ideia que ninguém se incomoda a que a brincadeira se estenda, também, às linhas de emergência e, nomeadamente ao 112. Qual é o problema de se ocupar uma linha que, por definição, só pode ser utilizada para emergências, se os “brincalhões” se divertem à grande a fazer chamadas falsas que, de urgentes, nada têm?




Pois, para mim, que não consigo ter tanto humor, considero que é inadmissível que isto aconteça.

Só em 2006, a linha de emergência 112 recebeu 24.281 chamadas falsas, que originaram a saída de 8.984 ambulâncias, sem qualquer necessidade.

O que significa que, no ano passado, o 112 recebeu em média 66 chamadas falsas por dia, chamadas essas que motivaram o accionamento desnecessário de 25 viaturas médicas.

E será bom que os “engraçados” tenham consciência que cada telefonema a brincar, pode custar uma vida, e que essa vida até pode ser a sua ou de algum familiar seu.

Por favor, amigos brincalhões, manifestem a vossa boa disposição de forma mais criativa. Pensem que se um dia tiverem necessidade de uma ambulância e ela estiver ocupada numa falsa urgência, daquelas que inconscientemente vocês agora fazem, estão a pôr em risco uma vida que poderia ser salva.

Cabe a todos, instituições, cidadãos e comunicação social, assegurar e ensinar que o 112 é um número que só deve ser utilizado em situações verdadeiras.


Utilizar o 112 de qualquer outra forma, é inadmissível e, mais do que isso, é CRIMINOSO!


3 comentários:

Anónimo disse...

Calma ...calma...
Não estás a ver bem a coisa.
Na verdade a primeira grande vitória vai ser o tipo não dar um “tiro” na caixa da serradura.
Além disso ele foi mesmo o escolhido para queimar em lume brando, enquanto passa a tempestade criada por outros dois artistas.

Já agora, será que estou enganado ou foi mesmo decisão sua (dele) ultrapassar o limite de endividamento lá para os lados da outra banda do Porto.
Bom exemplo para começar carreira de ministro!

Anónimo disse...

Toutaver, o que eu não estou a ver é o que é que este comentário tem a ver com o 112!!! Será que a tua prosa não se destinava ao post sobre a sinalética e o Luís Filipe Às Vezes?

Anónimo disse...

Às vezes (muitas vezes) não estamos a ver o que queremos ver... mas pelos vistos as datas servem para algo...

... não entrou à primeira e quando reentrou passou ao lado.

desclp