segunda-feira, fevereiro 11, 2008

A decisão do empresário


Um empresário alemão perante a reivindicação de três funcionários para que o patrão disponibilizasse sala adequada à sua condição de não fumadores, decidiu duas coisas: despedir pura e simplesmente aqueles três empregados e, para além disso, resolveu que a partir daquele momento só daria emprego a quem fosse fumador.

Embora eu tivesse a intenção de não voltar a falar sobre a questão dos fumadores e da nova lei do tabaco, não posso deixar de fazer um pequeno comentário à história - verdadeira - com que iniciei estas linhas.

Claro que não vou bater de novo na tecla dos direitos que cada um tem à sua privacidade e, particularmente, ao direito legítimo que os não fumadores têm de não aspirar o fumo dos outros no intuito de preservar a sua saúde.

Não posso deixar, contudo, de manifestar a minha indignação à forma discricionária e prepotente como agiu aquele empresário alemão. Não só porque não cumpriu a lei em vigor no seu país (que é muito semelhante à nossa, ou seja, que em recintos fechados não se pode fumar), mas isso, enfim, é lá com ele e com as autoridades alemãs, mas sobretudo, porque começou a contratar – discriminatoriamente – só as pessoas que fumem, marginalizando assim todos aqueles candidatos que se venham a apresentar como não fumadores.

Se é verdade que ele é o patrão, a empresa é dele, o dinheiro é dele e ele tem todo o poder para escolher aqueles que julga mais adequados para serem seus empregados, não pode, no entanto, rejeitar os aspirantes a trabalhadores só pelo simples facto de não fumarem, de serem de cor, de terem determinado credo ou tendência política ou sexual.

Só conheço a parte da história que vos contei, mas espero sinceramente que a lei germânica seja implacável e não condescenda com tão inqualificável injustiça.



1 comentário:

Anónimo disse...

Também não quero entrar nessa guerra, mas só para que conste:


“O número de ataques cardíacos na Itália diminuiu "significativamente" após a entrada em vigor da proibição de fumar nos locais públicos, em Janeiro de 2005, segundo um estudo publicado hoje na revista norte-americana American Heart Association”.