segunda-feira, dezembro 08, 2008

A luz ao fundo do túnel?

Claro que já adivinhava que depois do meu último texto sobre as divergências entre Professores/Sindicatos e o Ministério da Educação iriam “chover” desabafos de alguns amigos que, sobre esta matéria, têm opiniões diferentes das minhas. Pena foi que não quisessem partilhá-las connosco neste espaço.

Durante o fim-de-semana falei também com amigos meus que são professores, e que juram a pés juntos que tudo vai mal no reino da educação e que não há saída possível para este monumental problema, nem mesmo que a Ministra Maria de Lurdes Rodrigues venha a ser afastada. Afirmam que a Escola não é uma empresa e que, portanto, qualquer tipo de avaliação é praticamente inexequível, para além de que discordam da maior parte das medidas impostas por este Governo. Por conseguinte, a coisa está preta e, aparentemente, sem fim à vista.

Mas, permitam-me a franqueza, a política dos braços caídos em que nunca existem soluções, não vai lá muito bem com o meu feitio. Admito que a situação é complexa mas tem que haver uma solução.

Aliás, e sobre este assunto, deixem-me transcrever um pedaço da crónica de Miguel Sousa Tavares, publicada no Expresso do último sábado.

“Li no 24 horas o caso de um agrupamento de escolas, às portas de Lisboa, onde, segundo explicação do director, a malfadada avaliação foi simplificada pelos próprios professores, mesmo antes do Ministério o fazer, e posta em aplicação há mais de um ano, sem burocracias, sem horas perdidas em reuniões, sem complicações. Simplesmente, os professores concordaram com o princípio da avaliação e trataram de o pôr em prática, da forma mais simples e mais justa que entenderam. E não é o primeiro caso que leio de uma escola assim”.

Afinal, ainda que ténue, parece brilhar uma luz ao fundo do túnel. Acredito que será possível. Tem que ser!


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