segunda-feira, janeiro 11, 2010

Afinal de contas …


Apesar das imensas preocupações com o deficit e com o endividamento externo parece que, afinal, o nosso país não está tão mal como isso. Segundo a revista “Internacional Living” e de acordo com padrões como o custo de vida, cultura e lazer, saúde, liberdade e segurança, Portugal é o 21º melhor país para se viver, numa lista de 194, melhor classificado até do que – pasmem-se - o Reino Unido, a Grécia, o Mónaco, a Suécia, a Polónia e o Japão. Os três países que estão no topo da classificação são a França, a Austrália e a Suíça.


A revista assegura ainda que Portugal dispõe de um dos melhores climas e é considerado um país livre, muito seguro e dono de um excelente sistema de saúde.


A verdade, porém, é que esta honrosa classificação, em que o nosso país obteve 73 pontos em 100 possíveis, apenas menos 9 pontos do que a vencedora França, não nos garante um melhor nível de vida nem nos deixa mais confiantes quanto a uma melhor justiça e educação ou um menor desequilibro entre ricos e pobres. No entanto, transmite-nos uma visão que vem de fora para dentro e que nos indica que nem tudo é mau por cá, como tantas vezes julgamos (“ah! isto só em Portugal” ou “se fosse noutro país …”) e que temos muitas coisas boas que nem sempre valorizamos.


E, reparem, que nos critérios tidos em conta pela “Internacional Living” não foram incluídas sequer coisas tão importantes como a gastronomia (vinhos e comidas do melhor do mundo) e a simpatia, hospitalidade e generosidade das nossas gentes.


Afinal de contas …

2 comentários:

Vexata disse...

Convem esclarecer, que todos os que cá estão, por uma razão ou outra,ainda acham que este é o melhor sítio para se viver! Caso contrário teriam já saído.

Eu também cá estou!

provocador disse...

Concordo com o Vexata. “Por uma razão ou por outra”, que é como quem diz, por um bom cozido à portuguesa acompanhado por um “Esporão Reserva de 2002”

Onde é que podemos encontrar coisas como estas?