
Má gestão dos recursos públicos, desperdício, ostentação, mania das grandezas terão estado na origem de tamanha derrapagem, atribuída, já se sabe, ao Governo anterior.
Só que, e ao que consta, esse “desvio colossal” é bem mais pequeno e anda na casa dos 66% e, mesmo assim, tem várias atenuantes. Como sejam, a meio do processo ter aumentado a idade escolar obrigatória e a mudança da legislação europeia energética e ambiental. Coisas de “somenos” mas que, naturalmente, levou a custos acrescidos.
Descontando a enorme discrepância entre os números apontados para a derrapagem (447% ou 66%?) e as muitas críticas a vários aspectos do projecto é de assinalar, contudo, os elogios de muitos directores das 181 escolas já requalificadas ou em vias disso. E todos reconhecem que as instalações são mais modernas, agradáveis e onde apetece trabalhar, com laboratórios altamente apetrechados e equipamentos ao nível do melhor do que existe em estabelecimentos de ensino na Europa.
Mesmo que verificados alguns excessos em todo este projecto, parece ser consensual que o nosso parque escolar é bem melhor hoje do que há uns anos atrás, quando muitos edifícios estavam completamente degradados e mesmo em ruínas. Porque não, então, admitir o esforço feito pelo Governo anterior em prol de quem se esforça por melhorar o ensino no nosso país ou usufruir dele? Mas não foi isso que aconteceu com a intervenção do Ministro. Antes preferiu denegrir os seus antecessores e, pior, manipulou indevidamente as conclusões de uma auditoria. Assim, não é possível fazer-se uma política séria em Portugal.
1 comentário:
"foi jornalista, escritor, dramaturgo, tradutor, cartoonista. Mas era, antes de mais, um humorista, que marcou a Cultura brasileira do último século. "
In http://www.publico.pt/Cultura/morreu-o-escritor-e-humorista-brasileiro-millor-fernandes-1539742
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