quarta-feira, setembro 28, 2005

Um caso de sucesso

Em 2004 foram roubados das lojas portuguesas – em especial nas de roupa e nas de produtos alimentares – artigos no valor de 181 milhões de euros, o que corresponde a cerca de 1/4% dos lucros desses sectores.

Segundo a CheckPoint Meto, empresa especializada em soluções de segurança, esses roubos terão sido efectuados por clientes (53,9%), pelo pessoal das lojas (22,4%) e por fornecedores (9,1%), sendo os restantes 14,6% atribuídos a erros de funcionamento interno, que não foram, no entanto, especificados.

Com este resultado, Portugal conseguiu alcançar o 3º lugar do campeonato europeu dos países em que mais se rouba, sendo ultrapassado apenas pelo Reino Unido e pela Finlândia.

Esta é, sem dúvida, uma boa notícia. Numa época em que os portugueses andam tão deprimidos, talvez este sucesso possa contribuir para aumentar auto-estima dos cidadãos.

Sim porque, pelo menos neste sector (o do roubo) demonstrámos, de forma inequívoca, a grande capacidade, a organização, o empenho e o profissionalismo da nossa rapaziada. Na Europa do “gamanço” conseguimos, finalmente, atingir os primeiros lugares.

Uma nota final para referir que neste ano de 2004, apesar da “honrosa” classificação conseguida, apenas foram detidos 9720 “amigos do alheio”

É que – e vá lá saber-se porquê – embora Portugal esteja entre os 3 países com maior percentagem de roubos está, paradoxalmente, entre os 4 países que registam menores detenções neste tipo de furto. Ou seja, rouba-se mais mas nem sempre se é apanhado.

E digam lá se não somos mesmo bons.

2 comentários:

MR disse...

"embora Portugal esteja entre os 3 países com maior percentagem de roubos está, paradoxalmente, entre os 4 países que registam menores detenções neste tipo de furto" - Não é paradoxal. Se houvesse mais detenções as pessoas não roubavam tanto. Um dos efeitos das detenções e condenações é o efeito dissuassor.

Anónimo disse...

Portugal e Finlândia no topo da mesma tabela?

UAU! Nunca pensei ser possível. Eu sei que se refere ao gamanço, mas estamos lá em cima, junto aos desenvolvidos e isso é que interessa.