Eu “ainda sou do tempo” em que os produtos não indicavam os prazos de validade. As águas, as manteigas, os fiambres, os yogurtes quando apareceram, as bolachas, todos, mas TODOS os produtos que consumíamos estavam seguramente em óptimas condições, porque não havia indicação em contrário que nos dissesse que a partir de determinada data, os produtos estavam (ou estariam) presumivelmente estragados.
Mas, enfim, os especialistas entenderam que era imprescindível dar melhor informação aos consumidores sobre o estado dos alimentos, e hoje poucos produtos estarão isentos dessa indicação. Que me lembre, os whiskies terão passado ao lado dessa necessidade, talvez, digo eu, porque estão conservados em álcool.
Passados vários anos após esta inovação, hoje, todos estamos muito melhor informados, sem dúvida mais protegidos relativamente à ingestão das bactérias putrefactas mas, sobretudo, estamos amarrados ao cumprimento de consumir o que quer que seja até àquela data que lá está indicada, mas nem um dia a mais.
Eu confesso que não sou tão radical como isso. Se um yogurt ultrapassou um ou dois dias e se a embalagem não está opada, se o conteúdo não cheira mal nem tem mau aspecto e mau sabor, eu como-o na mesma. E aplico idêntico princípio a outros alimentos. Mas eu sou um cidadão anónimo que faço da minha privacidade o que me der na realíssima gana.
O que já não deve acontecer quando se trata de organismos públicos, quer sejam privados ou do Estado.
Não deve, mas acontecem. E para que se saiba, vejam o que sucedeu no passado dia 17 de Novembro, com o voo da TAP para Angra do Heroísmo, voo que estava muito atrasado e que, por isso, em vez do jantar, os passageiros tiveram que se contentar, lá por volta das onze da noite, com umas sandes que a TAP lhes serviu.
A data de validade das ditas sandes era precisamente 17 de Novembro (o próprio dia do voo), portanto, estavam ainda dentro do prazo, embora no limite. Mas suponham que o voo em vez de ir para Angra se destinava a Copenhaga que tem mais uma hora que Lisboa. Nesse caso, as sandes já estariam fora do prazo de validade. Aliás, como estavam fora de validade as sandes distribuídas a dois passageiros do voo em questão, Lisboa-Angra do Heroísmo, cuja data-limite indicada era de dia 16 de Novembro.
Podemos argumentar à vontade, mas a realidade é esta, se existem regras bem definidas nesta matéria, elas têm que ser cumpridas.
Mas, enfim, os especialistas entenderam que era imprescindível dar melhor informação aos consumidores sobre o estado dos alimentos, e hoje poucos produtos estarão isentos dessa indicação. Que me lembre, os whiskies terão passado ao lado dessa necessidade, talvez, digo eu, porque estão conservados em álcool.
Passados vários anos após esta inovação, hoje, todos estamos muito melhor informados, sem dúvida mais protegidos relativamente à ingestão das bactérias putrefactas mas, sobretudo, estamos amarrados ao cumprimento de consumir o que quer que seja até àquela data que lá está indicada, mas nem um dia a mais.
Eu confesso que não sou tão radical como isso. Se um yogurt ultrapassou um ou dois dias e se a embalagem não está opada, se o conteúdo não cheira mal nem tem mau aspecto e mau sabor, eu como-o na mesma. E aplico idêntico princípio a outros alimentos. Mas eu sou um cidadão anónimo que faço da minha privacidade o que me der na realíssima gana.
O que já não deve acontecer quando se trata de organismos públicos, quer sejam privados ou do Estado.
Não deve, mas acontecem. E para que se saiba, vejam o que sucedeu no passado dia 17 de Novembro, com o voo da TAP para Angra do Heroísmo, voo que estava muito atrasado e que, por isso, em vez do jantar, os passageiros tiveram que se contentar, lá por volta das onze da noite, com umas sandes que a TAP lhes serviu.
A data de validade das ditas sandes era precisamente 17 de Novembro (o próprio dia do voo), portanto, estavam ainda dentro do prazo, embora no limite. Mas suponham que o voo em vez de ir para Angra se destinava a Copenhaga que tem mais uma hora que Lisboa. Nesse caso, as sandes já estariam fora do prazo de validade. Aliás, como estavam fora de validade as sandes distribuídas a dois passageiros do voo em questão, Lisboa-Angra do Heroísmo, cuja data-limite indicada era de dia 16 de Novembro.
Podemos argumentar à vontade, mas a realidade é esta, se existem regras bem definidas nesta matéria, elas têm que ser cumpridas.
1 comentário:
Mesmo com algum atraso em relação à publicação do blog, penso que a notícia que saiu há dias nos jornais vem muito a propósito.
Com o título “Pobres ganham cabaz com comida estragada” a notícia rezava assim:
“Os cabazes de Natal oferecidos por uma clínica portuense aos pobres, tinham bolo rei, chocolate e figos fora de prazo”.
Provavelmente esta coisa dos prazos não se aplica aos pobres ...
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