O ano passado, quando visitavámos o Palácio Imperial de Petrópolis, no Brasil, conhecemos um casal de portugueses, um pouco mais velhos do que nós, que também andavam por ali em turismo. Durante a visita, enquanto passávamos pelos salões e íamos ouvindo as explicações do guia, de quando em vez trocávamos impressões sobre aquilo que nos iam dizendo, alongando-nos um pouco mais sobre alguns aspectos mais significativos da nossa História.
E, conversa puxa conversa, não tardou que falássemos de política, mais propriamente da política que nos levou a permanecer portugueses e não sermos hoje espanhois.
“Como nós seríamos mais felizes se fizéssemos parte de Espanha. Como estaríamos melhor em termos de ordenados e pensões” dizia o meu companheiro de passeio. Ainda tentei argumentar mas senti, da parte dele, uma atitude bastante intransigente que roçava o confronto, pelo que decidi deixar morrer aquela e as outras conversas a partir dali.
Mas, a verdade, é que este sentimento pró-espanhol nem sequer me causou alguma admiração. Lembram-se que há bem pouco tempo uma sondagem do Semanário Sol, a que dei aqui o devido destaque, indicava que 28 % dos portugueses gostariam de ser espanhois. Por isso ...
Claro está que, como é hábito, pelo menos nos portugueses, normalmente, “vê-se o vinho que os outros bebem, mas não se vê os tombos que dão”. É, portanto, natural que os nossos compatriotas vejam que Espanha tem uma das mais elevadas taxas de crescimento da União Europeia, tem o emprego e os salários em alta (sobretudo este item é muito valorizado entre nós) e tem as contas públicas mais do que equilibradas.
Só que, como diz o Professor Daniel Bessa, nem tudo o que luz é ouro...
E assim, alertados que somos para o problema, temos forçosamente que olhar para o outro prato da balança e constatar que o crescimento de Espanha é quase totalmente assegurado pelo mercado interno e a inflação é das mais altas da UE. As exportações crescem muito lentamente e as importações crescem também, mas a um ritmo louco. O défice da balança de transacções correntes é o segundo maior do mundo, excedendo já os 8% do PIB.
Mesmo olhando para o fiel da tal balança onde se aferem os ganhos e as perdas, quase que juraria que os mesmos portugueses que afirmaram querer ser espanhois, permaneceriam fieis à sua crença. O vil metal, traduzido em melhores vencimentos, continua a ser um chamamento muito forte.
Mas, não esqueçam aqueles que pensam deste modo que, e volto a citar o Professor Miguel Bessa,
“Em Economia não há resultados definitivos. Estamos e estaremos, eternamente, no intervalo que separa a primeira de uma segunda parte”.
E, conversa puxa conversa, não tardou que falássemos de política, mais propriamente da política que nos levou a permanecer portugueses e não sermos hoje espanhois.
“Como nós seríamos mais felizes se fizéssemos parte de Espanha. Como estaríamos melhor em termos de ordenados e pensões” dizia o meu companheiro de passeio. Ainda tentei argumentar mas senti, da parte dele, uma atitude bastante intransigente que roçava o confronto, pelo que decidi deixar morrer aquela e as outras conversas a partir dali.
Mas, a verdade, é que este sentimento pró-espanhol nem sequer me causou alguma admiração. Lembram-se que há bem pouco tempo uma sondagem do Semanário Sol, a que dei aqui o devido destaque, indicava que 28 % dos portugueses gostariam de ser espanhois. Por isso ...
Claro está que, como é hábito, pelo menos nos portugueses, normalmente, “vê-se o vinho que os outros bebem, mas não se vê os tombos que dão”. É, portanto, natural que os nossos compatriotas vejam que Espanha tem uma das mais elevadas taxas de crescimento da União Europeia, tem o emprego e os salários em alta (sobretudo este item é muito valorizado entre nós) e tem as contas públicas mais do que equilibradas.
Só que, como diz o Professor Daniel Bessa, nem tudo o que luz é ouro...
E assim, alertados que somos para o problema, temos forçosamente que olhar para o outro prato da balança e constatar que o crescimento de Espanha é quase totalmente assegurado pelo mercado interno e a inflação é das mais altas da UE. As exportações crescem muito lentamente e as importações crescem também, mas a um ritmo louco. O défice da balança de transacções correntes é o segundo maior do mundo, excedendo já os 8% do PIB.
Mesmo olhando para o fiel da tal balança onde se aferem os ganhos e as perdas, quase que juraria que os mesmos portugueses que afirmaram querer ser espanhois, permaneceriam fieis à sua crença. O vil metal, traduzido em melhores vencimentos, continua a ser um chamamento muito forte.
Mas, não esqueçam aqueles que pensam deste modo que, e volto a citar o Professor Miguel Bessa,
“Em Economia não há resultados definitivos. Estamos e estaremos, eternamente, no intervalo que separa a primeira de uma segunda parte”.
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