quinta-feira, junho 18, 2009

Coisas que me irritam

Mesmo para pessoas que, como eu, tenham um feitio relativamente acessível (um pouco de prosápia também não é assim grande pecado), existem coisas que não conseguimos aceitar.

Por exemplo, o caso das famílias numerosas que - só porque têm o (péssimo) hábito de tomar banho todos os dias e gastam, naturalmente, muito mais água com esses banhos e com as montanhas de roupa que têm que lavar - são taxados no escalão mais alto de consumo de água. São considerados perdulários, da mesma forma que uma pessoa que vive só e leva duas horas no duche com a água sempre a correr.

Então, não deveria ser tomado em consideração o número de pessoas que habitam num agregado? Uma espécie de rendimento per capita do consumo de água. Fazia todo o sentido, não acham?


Da mesma forma fico irritado com a lei que impõe aos cidadãos que paguem uma “taxa audiovisual” para financiar a rádio e a televisão pública, uma taxa camuflada a lembrar umas outras que pagámos noutros tempos, respeitantes à rádio e à televisão.

Eu que não utilizo o rádio em casa ou no carro mas que se, porventura, me dá na gana, faço-o através da internet. Eu que pago televisão por cabo para ter acesso a uma série de canais, entre eles, os públicos, porque razão tenho que pagar serviços que não utilizo?

E, a cereja em cima do bolo, alguém me explica a razão porque é que as escadas dos prédios, simples lugares de passagem (e a maior parte das vezes nem isso porque os elevadores dão um jeito enorme) são obrigadas também a pagar a dita taxa?


Lá está, são coisas que me irritam!



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