
Aposto que a maioria das pessoas que recebeu este texto – que associou evidentemente à recente campanha do Banco Alimentar Contra a Fome - pôs-se logo a fazer contas e concluiu que as pessoas a quem se destinavam os alimentos ficaram bastante lesadas como muitíssimo lesados ficaram todos os que, solidariamente, quiseram contribuir. Até por que as contas parecem estar bem-feitas.
Só que, neste caso, não faz qualquer sentido saber a quanto dinheiro correspondem os quilos recolhidos nem, tão-pouco, quais são as margens de lucro ou o montante do IVA. O que interessa, na verdade, é que foram doados generosamente 2 644 toneladas de produtos e as mesmíssimas 2 644 toneladas desses produtos foram, estão ou vão ser entregues a famílias carenciadas.
E se é verdade que nem os supermercados nem o Estado prescindiram dos seus direitos (e isso é uma conversa para uma outra oportunidade) o que acontece nas campanhas do BA é que não se recebe dinheiro, recolhem-se, tão-somente, produtos alimentares para serem entregues a quem mais necessita.
Por mor da verdade, esta é a explicação que tinha que ser dada.
1 comentário:
a sua resposta em jeito de justificação é mui simplista e não responde à questão essencial de que as empresas e o Estado não contribuem para tais campanhas, antes aproveitam-nas para encaixar mais uns cobres
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