segunda-feira, maio 25, 2015

Eleições à porta e a festa PSD/CDS anda pelo país



Bem sei que as eleições estão à porta e que chegou a hora de tentar entusiasmar os eleitores com as magníficas promessas de sempre, aquelas que - seguramente - irão melhorar a vida de todos. A campanha já começou e o folclore habitual aí está. Mas, porque a desilusão dos cidadãos já vem de longe (as promessas raramente são cumpridas) não se entende lá muito bem porque razão a coligação que tem estado no poder anda tão contentinha e em festa pelo país. Tanto mais que a percepção da generalidade dos portugueses é que a situação não está famosa.

E os sinais de que nem tudo vai bem "no Reino de ... Portugal" são muitos. Por exemplo, o Ministro da Economia, António Pires de Lima, afirmou que ler os relatórios do Fundo Monetário Internacional (FMI) não está nas suas prioridades (?). Por exemplo, e segundo o recente relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico que analisa a desigualdade de rendimentos dos últimos anos, Portugal é dos países mais pobres e desiguais da OCDE. Por exemplo, as dívidas incobráveis - a fornecedores, instituições financeiras (banca e seguros), crédito ao consumo, arrendamentos ou a empresas de serviços públicos essenciais (água e luz) e telecomunicações - bateu o recorde de registos na lista que ultrapassa já os 132 mil incumpridores.

Pois apesar disto (e podería referir mais números, todos eles preocupantes) o Primeiro-Ministro diz que não tem pressa em apresentar programas, medidas e ideias. E a festa PSD/CDS continua alegremente pelo país. Porquê, pergunto eu? A não ser que seja por terem ouvido ao líder parlamentar do Partido Socialista, Ferro Rodrigues, no último debate quinzenal na AR, afirmações como: "com a troika era mau, sem a troika é péssimo" ou "estou aqui para defender os mesmos princípios e as mesmas políticas que defendia há 4 anos". Sim, se for por isso, têm razão para estarem satisfeitos. A festa pode continuar ...


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