Sempre que posso, gosto de ver e ouvir o programa “O Eixo do Mal” na SIC Notícias. É um programa cheio de ironia, de maledicência também e de muita crítica ao que se vai passando no mundo, mas especialmente cá pelo burgo. E, a brincar, a brincar, vão-se dizendo coisas bastantes sérias.
Bom, mas falo nisto para dizer que num dos últimos programas, quando se discutia um qualquer assunto que já não recordo o tema, um dos participantes argumentou:
“É por isso que os jornais e revistas da especialidade nunca dizem mal dos carros quando são lançados modelos novos”.
O assunto ficou por ali mas fiquei a pensar na frase. É que, muito recentemente, comprei carro novo e no dia em que fui escolher a cor do automóvel, ao passar por uma das dependências do representante da marca, vi uma placa a indicar “Parque da Imprensa”.
Perguntei ao vendedor que me acompanhava que espaço era aquele e ele, num repente e sem qualquer relutância, esclareceu-me que era o parque onde ficavam estacionados os carros destinados à imprensa.
“Que carros?”, questionei. Respondeu que eram os modelos acabados de lançar e que a marca põe à disposição dos jornalistas da especialidade para eles passarem fins-de-semana e férias.
“E porque cedem os carros?”, voltei a perguntar. A resposta veio envolta num misto de indignação e de surpresa pela minha ignorância.
“Para que não digam mal dos nossos carros”, ao que acrescentou “Aí há tempos, tivemos um problema porque a Administração entendeu não ceder um carro a determinada pessoa e ela, no seu jornal, fez-nos a vida negra durante meses a fio, sempre a colocar defeitos no carro.
Realmente andava muito distraído. Como é que eu fui achar normal que todos os artigos publicados sobre carros novos, fossem unânimes em dizer que esses carros, todos eles, são os melhores do mundo.
Bom, mas falo nisto para dizer que num dos últimos programas, quando se discutia um qualquer assunto que já não recordo o tema, um dos participantes argumentou:
“É por isso que os jornais e revistas da especialidade nunca dizem mal dos carros quando são lançados modelos novos”.
O assunto ficou por ali mas fiquei a pensar na frase. É que, muito recentemente, comprei carro novo e no dia em que fui escolher a cor do automóvel, ao passar por uma das dependências do representante da marca, vi uma placa a indicar “Parque da Imprensa”.
Perguntei ao vendedor que me acompanhava que espaço era aquele e ele, num repente e sem qualquer relutância, esclareceu-me que era o parque onde ficavam estacionados os carros destinados à imprensa.
“Que carros?”, questionei. Respondeu que eram os modelos acabados de lançar e que a marca põe à disposição dos jornalistas da especialidade para eles passarem fins-de-semana e férias.
“E porque cedem os carros?”, voltei a perguntar. A resposta veio envolta num misto de indignação e de surpresa pela minha ignorância.
“Para que não digam mal dos nossos carros”, ao que acrescentou “Aí há tempos, tivemos um problema porque a Administração entendeu não ceder um carro a determinada pessoa e ela, no seu jornal, fez-nos a vida negra durante meses a fio, sempre a colocar defeitos no carro.
Realmente andava muito distraído. Como é que eu fui achar normal que todos os artigos publicados sobre carros novos, fossem unânimes em dizer que esses carros, todos eles, são os melhores do mundo.
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