quinta-feira, março 11, 2010

Quando e como dar um presente

No passado fim-de-semana recebi um presente de aniversário. Lembro-lhes que faço anos em Dezembro. Portanto, quase três meses depois do dia certo, um familiar que já não via há tempos, entregou-me o bendito presente que, de resto, muito apreciei. Mas independentemente de quando ou o que recebi, a questão que me merece a reflexão de hoje é o presente em si mesmo. O que eu quero dizer com isto é que quando damos qualquer coisa a alguém, nos aniversários ou fora deles, devemos ter presentes certos critérios e não o:

- tenho que comprar qualquer coisa, por isso vou ali à FNAC (por exemplo) e trago o primeiro livro/disco que me vier à mão;
- vou ser diferente e vou comprar uma coisa completamente inédita, quiçá uma gravata com a fotografia de um jogador do Glorioso, mesmo que saiba de antemão que ela nunca vai ser usada porque o aniversariante é de um clube rival; ou
- vou levar uma coisa de que eu gosto e pronto.

E o busílis coloca-se exactamente porque:

- não basta comprar uma coisa qualquer porque, afinal, é a intenção que conta;
- se sabemos à partida que a prenda vai ser inútil, mais vale que se perca algum tempo extra para escolher uma coisa mais adequada ou que, pelo menos, tenha algum préstimo;
- não se definiu claramente a quem é que a oferta tem que agradar mais, se a quem a oferece ou a quem a recebe.

O que pretendo dizer é que, na minha perspectiva, tem que haver alguma imaginação, alguma inovação, algum trabalho de pesquisa, algum interesse em surpreender o destinatário da oferta. É a ele que a prenda tem que agradar ou ser útil. Só ser diferente é pouco. Ficamos pela metade se conseguimos apenas surpreender ou se a prenda agradar mais a nós do que a quem se oferece.

Claro que não estou a referir-me em concreto à pessoa que me deu o presente de aniversário. De quem veio, eu sei que todos os anos, há muitos anos, eu recebo exactamente a mesma coisa, sem tirar nem pôr. Esperem, não estou a ser justo, às vezes a coisa muda de marca.

O que não muda é o facto de eu adorar receber os cumpimentos de parabéns no próprio dia em que faço anos e, se possível, logo de manhã. Nem tão-pouco muda a minha ideia de que a oferta dos presentes deve ser efectuada nesse mesmo dia e, de preferência, que venham ao encontro da minha personalidade e dos meus gostos.

A mensagem está dada.




1 comentário:

provocador disse...

Tá-se mesmo a ver que essa mensagem também vem a propósito do “Dia do Pai” que se comemora na próxima semana. Ou não será?