Mais importante (vá lá tão importante ...) do que saber se o Benfica vai revalidar o seu título de campeão nacional de futebol é ter a esperança que o dia 1º de Dezembro do próximo ano (e dos que se lhe seguem) volte a ser feriado. Tanto mais que no próximo ano o 1º de Dezembro calha a uma terça-feira e há em perspectiva um fim-de-semana mais longo. Mas isso são outras histórias ...
O que nos interessa mesmo é a data propriamente dita. É que o 1º. de Dezembro, aquele que até há pouco era feriado nacional, é o dia da celebração da Restauração da Independência. Aquele dia em que há 374 anos acabámos com o domínio dos Filipes de Espanha e voltámos a ser donos do nosso destino. No preciso dia em que aconteceu a defenestração (como eu gosto desta palavra ...) do traidor Miguel de Vasconcelos. Considero mesmo que o 1º de Dezembro é - a par do 10 de Junho e do 25 de Abril - o feriado civil mais significativo, muito embora à maioria dos portugueses passe por ser apenas mais um feriado. A verdade é que desde 1910, o 1º de Dezembro, por ter um significado especial, é devidamente lembrado e comemorado.
Mas não foi assim que pensaram a troika (que não tinha portugueses) nem o Governo (que tinha mas que ... depois falamos nisso) que decidiram dar-lhe sumiço em nome de um hipotético ganho de produtividade. Tretas!
Em 2015, porém, o 1º de Dezembro pode voltar a ser feriado. António Costa, candidato do PS a Primeiro-Ministro já prometeu publicamente que isso vai acontecer se ganhar as eleições. E até do lado da actual maioria Ribeiro e Castro (desde sempre contra a abolição deste feriado) do CDS e até Paulo Portas já se manifestaram no mesmo sentido.
Como já li algures "o 1º de Dezembro é património de Portugal e dos portugueses, pertence à comunidade e a ninguém é moralmente permitido dispor dele com ligeireza, mesmo que o faça invocando o nome do Estado". Por isso, digo eu, se alguém tiver o atrevimento de querer eliminar o feriado de novo, só há um caminho: a defenestração desse alguém.
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