Como sabem, desde o início do mês está proibida a utilização dos tradicionais galheteiros em unidades hoteleiras e de restauração, já que passou a ser obrigatório servir o azeite em embalagens invioláveis e munidas de um sistema de abertura que perca a sua integridade após a primeira utilização e que não sejam passíveis de reutilização.
Dizem os responsáveis que esta medida visa acabar com uma prática de muitíssimos anos que se considera inadequada em termos de higiene e segurança alimentar e protecção da saúde dos consumidores. Mais, com esta medida, passará a haver a possibilidade de identificar a origem do azeite.
Fico agradecido com o cuidado das autoridades alimentares. Se é para o nosso bem, tudo bem. Somos até capazes de deixar de ter galheteiros com azeite marado. Se calhar o azeite até começa a ter alguma qualidade, num país que tão bom azeite produz. Eu sei tudo isso, mas, mesmo assim, não me conformo.
É que há tantos anos que eu me habituei a ter um utensílio daqueles à mesa. O galheteiro e a azeitoneira fazem parte da mesa tradicional.
E, depois, nos restaurantes, já era tradição pedir-se ao empregado “por favor, pode trazer-me um galheteiro que tenha azeite?” ou, aquele outro pedido também muito frequente “não se importa de me trazer outro galheteiro que este está todo besuntado?”
Não, não me conformo!
Todavia tenho alguma esperança. Quando se fala em galheteiros, está a pensar-se numa embalagem que tenha o conjunto do azeite, do vinagre, do sal e da pimenta. Ora, esta medida imposta por Bruxelas (sempre os eurocratas a quererem acabar com as nossas tradições, com a nossa cultura), embora determine a proibição dos galheteiros, o que na verdade proíbe é a utilização do galheteiro do azeite, não o do vinagre, ou o do sal ou o da pimenta.
Não estou é bem a ver como é que os nossos restaurantes vão resolver a situação. Será que continuam a apresentar os galheteiros tradicionais mas … coxos? De um lado o vinagre e do outro … nada? Também pode ser que se lembrem de mandar fazer novos galheteiros, adequados aos novos tempos. Aliás, no Rio de Janeiro, os restaurantes têm nas suas mesas, galheteiros com latinhas de azeite … português. Ora toma!
Mas se esta medida, em termos de saúde pública é bem-vinda, ela já não é tão saudada pelos industriais do azeite nem pelas associações de defesa do ambiente. Os primeiros, dizem não ter capacidade para desenvolver a curto prazo um novo tipo de embalagens para cumprir a lei. Os segundos, afirmam que as embalagens, por não serem bio degradáveis, vão constituir um grave problema ambiental .
Bem, já nos tiraram as colheres de pau, os barros e, agora os galheteiros. O que é que se seguirá?
Dizem os responsáveis que esta medida visa acabar com uma prática de muitíssimos anos que se considera inadequada em termos de higiene e segurança alimentar e protecção da saúde dos consumidores. Mais, com esta medida, passará a haver a possibilidade de identificar a origem do azeite.
Fico agradecido com o cuidado das autoridades alimentares. Se é para o nosso bem, tudo bem. Somos até capazes de deixar de ter galheteiros com azeite marado. Se calhar o azeite até começa a ter alguma qualidade, num país que tão bom azeite produz. Eu sei tudo isso, mas, mesmo assim, não me conformo.
É que há tantos anos que eu me habituei a ter um utensílio daqueles à mesa. O galheteiro e a azeitoneira fazem parte da mesa tradicional.
E, depois, nos restaurantes, já era tradição pedir-se ao empregado “por favor, pode trazer-me um galheteiro que tenha azeite?” ou, aquele outro pedido também muito frequente “não se importa de me trazer outro galheteiro que este está todo besuntado?”
Não, não me conformo!
Todavia tenho alguma esperança. Quando se fala em galheteiros, está a pensar-se numa embalagem que tenha o conjunto do azeite, do vinagre, do sal e da pimenta. Ora, esta medida imposta por Bruxelas (sempre os eurocratas a quererem acabar com as nossas tradições, com a nossa cultura), embora determine a proibição dos galheteiros, o que na verdade proíbe é a utilização do galheteiro do azeite, não o do vinagre, ou o do sal ou o da pimenta.
Não estou é bem a ver como é que os nossos restaurantes vão resolver a situação. Será que continuam a apresentar os galheteiros tradicionais mas … coxos? De um lado o vinagre e do outro … nada? Também pode ser que se lembrem de mandar fazer novos galheteiros, adequados aos novos tempos. Aliás, no Rio de Janeiro, os restaurantes têm nas suas mesas, galheteiros com latinhas de azeite … português. Ora toma!
Mas se esta medida, em termos de saúde pública é bem-vinda, ela já não é tão saudada pelos industriais do azeite nem pelas associações de defesa do ambiente. Os primeiros, dizem não ter capacidade para desenvolver a curto prazo um novo tipo de embalagens para cumprir a lei. Os segundos, afirmam que as embalagens, por não serem bio degradáveis, vão constituir um grave problema ambiental .
Bem, já nos tiraram as colheres de pau, os barros e, agora os galheteiros. O que é que se seguirá?
2 comentários:
Segue-se as azeitonas ao ar. Acabando isto, acabam as tascas, e consequentemente os pregos e bifanas, e mais tarde... o coirato. Acabando o coirato, acaba também o futebol, acaba a selecção e as campanhas presidenciais.
Meus amigos, preparem-se. Isto é o início do fim, pois os chineses e os espanhóis só estavam à espera disto.
Agora a sério, como medida de higiéne é bem-vinda. Mas não se percebe o que os levou a ser tão específicos ao ponto de proibirem APENAS o galheteiro de azeite, com tantos outros atentados à saúde pública em tudo quanto é restaurante ou tasca um pouco por todo o país.
Hoje a indústria do design está tão evoluída e tão implantada, que seria muito mais fácil, mais democrático e talvez até mais benéfico para esse sector substituir o tradicional galheteiro como o conhecemos por peças especialmente pensadas em termos de funcionalidade e higiéne.
E isto talvez não saibas, mas porquê SÓ mesmo o azeite?
É que esta lei teve origem numa questão levantada por uma marca de azeite (penso tratar-se do Gallo), que talvez SÓ por acaso é a única marca que já comercializa o seu azeite em pequenas embalagens descartáveis, ideais tanto para o uso caseiro, como para estabelecimentos comerciais.
Não quero levantar falsas questões, mas penso que a conclusão é que a indústria do azeite pode ser mais rentável do que a do design.
Já estava mesmo à espera disto, a história da cabala dos chineses e dos espanhóis. Estás aqui estás a dizer que a culpa também é do Souto Moura por ter mandado fazer as escutas telefónicas aos patrões dos azeites. Cá para mim, “porcos no espaço” tu estás é com os azeites, que é como quem diz, estás com uma grande embirração com os chineses e com os espanhóis. Ou não estarás?
Quanto ao que se segue, espero bem que Bruxelas não se lembre de mandar acabar com as tascas e, se essa for a sua vontade, pelo menos que não acabe com os coiratos. Isso é que eu não iria suportar!
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