Se, aquando da minha última visita ao Brasil, eu já tinha sentido uma grande vontade de ir viver para lá, pelo menos uma boa parte do ano, agora reforcei essa vontade ao ter conhecimento de uma notícia que veio a público nos últimos dias.
É que em Biritiva Mirim, uma cidadezinha do Estado de São Paulo, o Prefeito, o senhor Roberto Pereira da Silva, decidiu aprovar uma lei que proíbe os seus concidadãos de morrer. Isso mesmo, os habitantes de Biritiva Mirim estão expressamente proibidos de morrer, sob pena de serem severamente punidos.
Ainda não se sabe quais as sanções a aplicar aos que se atreverem a desrespeitar a lei, mas o prefeito está decidido a fazê-la cumprir, pelo menos até as autoridades estaduais arranjarem uma solução para resolver o problema do cemitério superlotado. Na verdade, não há qualquer lugar vago para albergar mais mortos. Daí …
Só que, cansado de tanto esperar e farto de se sujeitar a tal lei, o senhor Romeu Maria, de 86 anos, decidiu falecer. Decidiu e cumpriu.
Agora a sua família espera com ansiedade as sanções inerentes que, como se disse, ainda não foram determinadas.
Pelo menos parte da história tem um final feliz. É que uma outra família, condoída com a possibilidade do morto ficar eternamente em câmara ardente, por falta de uma outra morada, ofereceu um espaço da própria família para o senhor Romeu descansar, enfim, em paz.
Mas, leis são leis e são para respeitar. Escrupulosamente, digo eu. Por isso, como a Prefeitura de Biritiva Mirim proíbe os seus habitantes de morrerem, meus amigos, vou transferir-me de “armas e bagagens” para aquela cidade. E é já!
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