Quando comecei a escrever este texto, lembrei-me daquela velha questão - nunca convenientemente explicada - de saber se, afinal, o copo está meio cheio ou meio vazio. É que não sei se fiquei triste ou contente ao ler uma notícia onde se dava conta de que há cada vez mais fraudes nas empresas.
De acordo com um trabalho recente da PricewaterhouseCoopers, efectuado junto de 3634 empresas de 34 países, o número de fraudes em grandes empresas aumentou nos últimos dois anos. Cerca de 45% dessas empresas foram alvo de fraudes, quando há dois anos atrás a percentagem se situava nos 37%. E, a consequência deste desmando, foi que as empresas perderam 1,7 milhões de dólares.
De acordo com um trabalho recente da PricewaterhouseCoopers, efectuado junto de 3634 empresas de 34 países, o número de fraudes em grandes empresas aumentou nos últimos dois anos. Cerca de 45% dessas empresas foram alvo de fraudes, quando há dois anos atrás a percentagem se situava nos 37%. E, a consequência deste desmando, foi que as empresas perderam 1,7 milhões de dólares.
E a dúvida que há pouco manifestei deve-se a quê?
É claro que me preocupa (entristece-me) o facto de terem aumentado o número de fraudes, e de forma significativa, em tão curto espaço de tempo. Mas, sabia-se que esta situação era quase inevitável perante o agravamento de crise económica generalizada e as consequentes dificuldades que afectam os trabalhadores em todo o mundo. Adivinhava-se que iria acontecer.
Mas, ao mesmo tempo, sinto-me contente (sobretudo porque a minha área de actividade é justamente o controlo e a segurança das operações) porque também aumentou a detecção do número de casos de fraude, devido, sobretudo, a uma regulamentação mais exigente e ao reforço dos mecanismos de controlo das operações e do risco.
Fico, no entanto, com uma dúvida para a qual não encontro resposta cabal no relatório da PricewaterhouseCoopers. A de saber, o que é que, de facto, aumentou:
a) Se o número de fraudes e, ao mesmo tempo, a quantidade das situações detectadas?
b) Apenas o número de fraudes? ou
c) Sobretudo o número de situações fraudulentas detectadas pelos órgãos internos e/ou externos, que têm por missão assegurar o controlo das empresas e, assim, porque se detectaram mais situações, o número de fraudes foi também maior?
Seja como for, para nosso descanso, ou talvez não, Portugal não foi considerado na amostra que serviu de base a este estudo.
1 comentário:
Quanto a isso não sei, talvez tenha aumentado simultânea e proporcionalmente o número de casos de fraude e o número de detecções.
Mas estou convicto que o copo está meio cheio, simlplesmente pelo seguinte: o copo quando foi concebido estava vazio, e só depois foi ficando cheio - até cima ou até meio.
Mesmo que tenha ficado cheio até ao topo e posteriormente fosse sendo esvaziando, penso que o ponto 0 (o do início da contagem) é aquele em que estava completamente vazio e fosse cheio pela primeira vez.
Além do mais, parece-me uma abordagem bastante mais positiva, pensar em termos de "cheio". "Vazio" é algo desprovido de conteúdo, é decadente.
É uma teoria que tenho vindo a desenvolver há algum tempo... Eu sei o que estão a pensar, provavelmente tenho demasiado tempo livre.
Ou talvez não. Talvez goste de ENCHER certas zonas do meu cérebro com questões que à partida pareçam não ter qualquer importância, mas que nos permitem, de certa forma, manter esses campos esquecidos mais activos.
P.S.: Se alguém tiver resposta para a eterna questão do ovo e da galinha, partilhem. Também me inquieta um pouco.
Enviar um comentário