A vida da Câmara Municipal de Lisboa está a tornar-se verdadeiramente excitante. Não por causa da quantidade de vereadores do PSD que são considerados arguidos (o que já não é lá muito bom, pese embora sejam apenas arguidos e não culpados), nem sequer porque um deles já tenha sido constituído arguido há um ror de tempo, coisa que só o próprio presidente da autarquia sabia e mais ninguém. Não, não é só por isso que aquilo começa a estar animado,
O que eu acho que dá uma grande adrenalina a tudo isto, é aquela brincadeira que dantes se usava muito e que dá pelo nome da dança das cadeiras.
Pois a CML achou que, para que de alguma forma, se pudesse “matar” a monotonia que se estava a instalar diariamente na Câmara com os sucessivos afastamentos dos autarcas do PSD, seria interessante recuperar o tradicional jogo das cadeiras.
Foi assim que, entre cadeiras e protagonismos, agora dos vereadores do Partido Socialista, as coisas se foram animando.
E entusiasmaram-se, sobretudo, quando Gaioso Ribeiro e Dias Baptista, ambos do PS, se sentaram lado a lado na primeira fila da sala de reuniões dos Paços do Concelho, deixando o vereador social-democrata Amaral Lopes sem assento. Claro que o PSD rejeitou a situação, alegando que aquele lugar lhe pertence, facto que obrigou Dias Baptista a voltar ao seu lugar na fila de trás.
Mas, afinal qual dos vereadores do PS tinha razão? Dias Baptista, que sempre se sentou na segunda fila, agora que lidera a vereação socialista, acha que tem que ter um lugar compatível, logo tem que se sentar na primeira fila.
Gaioso Ribeiro, número dois de Carrilho e automaticamente número um, depois da saída deste, não abdica da herança do mestre e, obviamente o seu lugar só pode ser, também, na primeira fila da sala.
Eu sei que, por detrás da dança das cadeiras há muito mais coisas para contar, pois as divergências entre os dois já vêm de longe, mas mais não é preciso para achar que a vida dos vereadores da Câmara Municipal de Lisboa está realmente a tornar-se muito excitante.
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