O Banco Alimentar Contra a Fome, na campanha do último fim-de-semana, angariou 1.702 toneladas de géneros alimentares. Um resultado que ultrapassou as expectativas mais optimistas e que foi mesmo superior ao da campanha de Maio do ano passado.
Mais uma vez os portugueses demonstraram que continuam a ser solidários para com aqueles que mais necessitam. Apesar de todas as crises e de todas as dificuldades que afectam a generalidade da população, “insistem” em querer ajudar os mais desfavorecidos.
O facto é relevante e merece destaque especial. Tanto mais que se têm registado aumentos muito significativos, sobretudo desde o início do ano passado, que são claramente superiores às diminutas subidas dos salários – para os que as tiveram, é claro – mas que, ainda assim, não demoveram os portugueses a deixar de ser solidários e a pensar que muitos outros estarão ainda em pior situação que eles próprios e, muitos deles, já à beira da ruptura total.
É que os preços dos alimentos de primeira necessidade subiram tão alto que, para muitos portugueses, é perfeitamente impossível alcançá-los, que o mesmo é dizer que já não têm dinheiro para se alimentar.
Atentem nos aumentos de certos produtos alimentares. Por exemplo, só em 2007, o leite subiu 74%, o arroz 71%, os óleos 36%, as massas 34%, as farinhas 34% e os ovos 24%. E os chamados produtos brancos, que são sempre mais em conta, mesmo esses tiveram aumentos significativos que rondaram entre os 20% e os 39%.
Pois os portugueses - sempre generosos – tendo consciência que milhares de concidadãos estão em muito pior situação do que eles, continuaram a abrir as suas já magras carteiras e não deixaram de responder à chamada para contribuir, dentro das suas possibilidades, ao apelo que lhes era feito.
HERÓIS, é o mínimo que se pode chamar a este povo tão altruísta.
Como que a ilustrar o que disse, não posso deixar de lhes contar uma história que li hoje algures e que rezava assim:
“... Sobre a solidariedade deixo aqui um pequeno episódio que me comoveu quando hoje fui fazer umas compras ao supermercado. Depois das compras feitas encontrei à saída, já lá estava quando entrei, um homem, já velhote, que conheço daquele sítio há muito tempo. É um homem pobre que vive parte do tempo à porta do supermercado. Está ali por necessidade a pedir e encontra ali uma forma de “socialização”. As pessoas já o conhecem, são simpáticas com ele e ajudam-no. Sente-se bem ali. Ali ninguém o trata mal. É por assim dizer o seu ambiente “familiar”. Pois hoje pediu-me uma ajuda especial e explicou “É para ir lá dentro comprar alguma coisinha para dar ao Banco Alimentar”. E disse com um ar alegre: “Sabe minha menina, sei o que é ser pobre, já estou habituado, tenho muita pena das crianças que não comem ...”.
Mais uma vez os portugueses demonstraram que continuam a ser solidários para com aqueles que mais necessitam. Apesar de todas as crises e de todas as dificuldades que afectam a generalidade da população, “insistem” em querer ajudar os mais desfavorecidos.
O facto é relevante e merece destaque especial. Tanto mais que se têm registado aumentos muito significativos, sobretudo desde o início do ano passado, que são claramente superiores às diminutas subidas dos salários – para os que as tiveram, é claro – mas que, ainda assim, não demoveram os portugueses a deixar de ser solidários e a pensar que muitos outros estarão ainda em pior situação que eles próprios e, muitos deles, já à beira da ruptura total.
É que os preços dos alimentos de primeira necessidade subiram tão alto que, para muitos portugueses, é perfeitamente impossível alcançá-los, que o mesmo é dizer que já não têm dinheiro para se alimentar.
Atentem nos aumentos de certos produtos alimentares. Por exemplo, só em 2007, o leite subiu 74%, o arroz 71%, os óleos 36%, as massas 34%, as farinhas 34% e os ovos 24%. E os chamados produtos brancos, que são sempre mais em conta, mesmo esses tiveram aumentos significativos que rondaram entre os 20% e os 39%.
Pois os portugueses - sempre generosos – tendo consciência que milhares de concidadãos estão em muito pior situação do que eles, continuaram a abrir as suas já magras carteiras e não deixaram de responder à chamada para contribuir, dentro das suas possibilidades, ao apelo que lhes era feito.
HERÓIS, é o mínimo que se pode chamar a este povo tão altruísta.
Como que a ilustrar o que disse, não posso deixar de lhes contar uma história que li hoje algures e que rezava assim:
“... Sobre a solidariedade deixo aqui um pequeno episódio que me comoveu quando hoje fui fazer umas compras ao supermercado. Depois das compras feitas encontrei à saída, já lá estava quando entrei, um homem, já velhote, que conheço daquele sítio há muito tempo. É um homem pobre que vive parte do tempo à porta do supermercado. Está ali por necessidade a pedir e encontra ali uma forma de “socialização”. As pessoas já o conhecem, são simpáticas com ele e ajudam-no. Sente-se bem ali. Ali ninguém o trata mal. É por assim dizer o seu ambiente “familiar”. Pois hoje pediu-me uma ajuda especial e explicou “É para ir lá dentro comprar alguma coisinha para dar ao Banco Alimentar”. E disse com um ar alegre: “Sabe minha menina, sei o que é ser pobre, já estou habituado, tenho muita pena das crianças que não comem ...”.
2 comentários:
Já agora acrescenta aí no rol dos aumentos:
O preço da carne vai aumentar 10%
Infelizmente, meu caro provocador, terei mesmo que acrescentar à lista o aumento da carne.
Já agora aproveito para também "acrescentar" que nesta recolha do BA algumas pessoas fizeram questão de dar, não aqueles géneros alimentícios que são considerados básicos para a sobrevivência das pessoas, mas alguns outros que podem ser considerados supérfluos, como por exemplo bombons e doces. Argumento: "as pessoas não necessitam só de comer. Têm também direito a pequenos luxos".
Belo argumento e lindíssimo gesto.
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