Foi lamentável o que vimos na SIC na noite do passado domingo, na gala dos Globos de Ouro de 2008, atribuídos por aquela estação de televisão e pela revista Caras.
Quando Jorge Palma foi chamado ao palco para receber o globo por ter sido considerado o melhor intérprete individual e tentava fazer os agradecimentos da praxe, foi “atropelado” pelo Herman José e caíram os dois ao chão. A pretensa brincadeira de Herman foi deprimente e completamente desajustada. E prosseguiu com cenas que pretendiam ter graça e que culminaram com o “humorista” a arrastar o cantor pelo chão até desaparecerem para além do cenário. Tudo planeado por Herman em nome de uma suposta rábula humorística.
Mas poder-se-á chamar àquilo humor? Não achei. Nem eu, nem muitas das pessoas com quem contactei ontem, nem, presumo, por quem tenha um mínimo de sensatez. Apesar de muitos dos presentes na sala do Coliseu terem rido com o número de contorcionismo entre o humorista e o cantor, a cena foi deplorável e triste.
Em comentários que vi em vários sítios da net, alguns diziam que Palma ia “tocado” e, por isso, Herman quis tirar proveito da situação. Ainda assim, mesmo com o cantor “bem bebido” mas completamente consciente, Herman José não tinha o direito de “roubar” a Jorge Palma aquele momento significativo da sua carreira, em que o músico tinha acabado de ser premiado com uma distinção que o elegia como o melhor daquela área.
Roubou-lhe a dignidade do momento, tirou-lhe a possibilidade de usufruir a alegria de um prémio conquistado.
Em consciência, poderá alguém de bom-senso classificar este acto, praticado perante milhões de espectadores, como alguma coisa que se assemelhasse, ainda que ao de leve, a um quadro de comédia?
Herman excedeu-se. Em desesperada queda de inspiração e de graça pretendeu capitalizar umas quantas gargalhadas que pudessem justificar a sua continuidade na SIC. Perdida a esperança de voltar a ser figura central de outras épocas em que arrecadou vários dos Globos de Ouro, Herman procurou desta forma, ridícula, patética e alucinada voltar a brilhar mesmo que, para isso, tivesse que espezinhar e humilhar um companheiro.
Termino como comecei. Assistimos a uma cena extremamente lamentável a que nem o conhecido espírito “porreiro” do cantor justifica. Ele não merecia isto. Herman deve um pedido de desculpas a Jorge Palma.
Quando Jorge Palma foi chamado ao palco para receber o globo por ter sido considerado o melhor intérprete individual e tentava fazer os agradecimentos da praxe, foi “atropelado” pelo Herman José e caíram os dois ao chão. A pretensa brincadeira de Herman foi deprimente e completamente desajustada. E prosseguiu com cenas que pretendiam ter graça e que culminaram com o “humorista” a arrastar o cantor pelo chão até desaparecerem para além do cenário. Tudo planeado por Herman em nome de uma suposta rábula humorística.
Mas poder-se-á chamar àquilo humor? Não achei. Nem eu, nem muitas das pessoas com quem contactei ontem, nem, presumo, por quem tenha um mínimo de sensatez. Apesar de muitos dos presentes na sala do Coliseu terem rido com o número de contorcionismo entre o humorista e o cantor, a cena foi deplorável e triste.
Em comentários que vi em vários sítios da net, alguns diziam que Palma ia “tocado” e, por isso, Herman quis tirar proveito da situação. Ainda assim, mesmo com o cantor “bem bebido” mas completamente consciente, Herman José não tinha o direito de “roubar” a Jorge Palma aquele momento significativo da sua carreira, em que o músico tinha acabado de ser premiado com uma distinção que o elegia como o melhor daquela área.
Roubou-lhe a dignidade do momento, tirou-lhe a possibilidade de usufruir a alegria de um prémio conquistado.
Em consciência, poderá alguém de bom-senso classificar este acto, praticado perante milhões de espectadores, como alguma coisa que se assemelhasse, ainda que ao de leve, a um quadro de comédia?
Herman excedeu-se. Em desesperada queda de inspiração e de graça pretendeu capitalizar umas quantas gargalhadas que pudessem justificar a sua continuidade na SIC. Perdida a esperança de voltar a ser figura central de outras épocas em que arrecadou vários dos Globos de Ouro, Herman procurou desta forma, ridícula, patética e alucinada voltar a brilhar mesmo que, para isso, tivesse que espezinhar e humilhar um companheiro.
Termino como comecei. Assistimos a uma cena extremamente lamentável a que nem o conhecido espírito “porreiro” do cantor justifica. Ele não merecia isto. Herman deve um pedido de desculpas a Jorge Palma.
8 comentários:
Peço desculpa por invadir este espaço, mas não podia concordar mais. Já achei em tempos muita piada ao Herman mas tem sido óbvio que se tem degradado cada vez mais e já tudo vale para tentar chamar a atenção... o Jorge Palma não merecia ser humilhado daquela forma, mesmo que tivesse bebido demias, estava a falar e aquele era o momento dele. Tb acho que o Herman lhe deve um grande pedido de desculpas...
De facto, o Herman às vezes exagera, mas feliz ou infelizmente, este episódio teve uma razão de ser.
Muitas pessoas não sabem, mas o Jorge Palma tem um grave problema de alcolismo há anos.
No momento de entrega do globo o Jorge Palma estava já muito alcolizado e a melhor maneira que o Herman conseguiu de o salvar de embaraços esperados, foi ao seu jeito, fazer uma valente palhaçada que acabou por deixar de lado os comentários maldosos sobre a embriagez que iria sobresair sem duvidas se nada tivesse sido feito.
Pergunto: deixaram de fazer comentários maldosos sobre aquela cena deprimente? Não, portanto não só não resultou como ainda o enterrou mais.
Esse altruísmo todo do Herman tem outro nome: medo. Ainda não percebeu que a imagem que as pessoas têm dele mudou completamente, por isso faz de tudo para tentar voltar a ter piada. Mesmo que seja com cenas tristes como esta.
Acho que toda a gente sabe que o JP tem um problema de alcoolismo há muitos anos. Vício que nele é uma espécie de yô-yô que faz com que algumas vezes esteja de rastos e, noutras, se mantenha em perfeitíssimo estado, devido ao efeito dos tratamentos.
Mas para quem segue de perto a carreira dele, sabe que os efeitos desse vício acabam por se lhe colar à pele como uma imagem de marca. O seu público sabe disso mas, apesar de tudo, adora-o e continua fiel.
O problema do álcool é mesmo com ele. Com ele e com os seus, que são os verdadeiros prejudicados.
Nada disso, no entanto, estava em julgamento quando subiu ao palco do Coliseu no último domingo. Quem estava ali era o músico, era o homem que tinha conquistado um prémio e que, naturalmente, gostaria de ter saboreado esse momento, mesmo que tivesse um grão na asa. Herman não tinha o direito de estragar “o momento”, ainda que, agora, pudéssemos confabular que o seu gesto foi de um magnânimo altruísmo, o que eu não acredito de todo.
Estou com o autor do post. Herman José deveria pedir desculpas a Jorge Palma. Publicamente.
O Correio da Manhã de ontem, sob o título “Queda: Herman brilha”, dizia entre outras coisas:
“... O insólito aconteceu quando o cantor foi chamado ao palco para receber o prémio de melhor intérprete individual. Satisfeito por ver o amigo galardoado, Herman não resistiu: pegou-o ao colo, mas Jorge Palma acabou por cair, estatelando-se no chão. 'Podia ter corrido muito mal, mas acabou por ser um momento hilariante. Não foi nada planeado, mas fiquei tão feliz por saber que tinha sido ele a ganhar o globo que o peguei ao colo', conta o humorista, que à segunda tentativa conseguiu pôr Jorge Palma às cavalitas. 'Só podia fazer isto com um espírito livre e surrealista como o do Jorge ...”
“ ... enquanto Jorge Palma não escondia a boa disposição face à partida feita pelo amigo de longa data ...”
Digo eu, hoje:
Mesmo que tivesse um espírito livre e surrealista como o do Jorge e mesmo que a brincadeira fosse feita por um amigo de longa data, tenho a certeza de que não iria achar qualquer graça àquela palhaçada. Ainda por cima porque o momento da consagração tinha-se desfeito.
Se o Jorge Palma tem razões ou não para estar chateado com o Herman, é com ele.
"Coitadinho do Palma, o Herman fez-lhe mal". Porra, o homem é adulto, sabe defender-se, estes sentimentos de piedade e comiseração são muito mais ofensivos que qualquer brincadeira, mesmo idiota.
Arrajem uma vida!
Penso que o sentimento geral não é o de defesa do Jorge Palma, mas sim o de repúdio pela acção do Herman.
Mesmo as brincadeiras idiotas têm limite.
Ora se fosse comigo o senhor Herman ( e sim eu continuo a gostar dele, principalmente porque não consigo esquecer o que já fez antes, mas não é isso que está em questão)levava um belo puxão de orelhas. Mas não agora, lá mesmo. O Jorge devia ter feito com que aquilo tivesse um termo, mas lá está, o seu espírito de levar tudo na boa não foi por aí.
Até digo mais, em forma de protesto tinha pegado na Bárbara Guimarães ao colo.
Não gostei do que vi, mas o que me ficou foi a alegria de o ver a ganhar.
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