segunda-feira, dezembro 14, 2009

Falta de rigor


Eu sei que é uma coisa de somenos importância. Não passa, aliás, de mera divergência de números a que, noutras circunstâncias, ninguém certamente ligaria. Só que, neste caso, estamos a falar de uma discordância que tem a ver com o dinheiro dos contribuintes e, por isso mesmo, temos o direito de exigir total rigor e transparência.


Em concreto, refiro-me à distribuição de computadores pelas escolas, nomeadamente do “Magalhães”, mas não só.


Segundo o actual Ministro das Obras Públicas, António Mendonça, a operação custou 120 milhões de euros. O anterior Ministro, Mário Lino, afirmou ter custado 116 milhões e o Presidente da Fundação para as Comunicações Móveis, entidade que gere o programa e-escolas, estima que os gastos terão ficado pelos 112 milhões.


Cento e doze ou cento e vinte milhões, a diferença é insignificante. Uns míseros oito milhões de euros que, seguramente, não nos vão tirar o sono. O que nos preocupa, isso sim, é a falta de rigor como se gere a coisa pública, onde ninguém parece saber ao certo quanto, onde e como se gasta o dinheiro de todos nós. E, nesta matéria, deveríamos ser bem mais exigentes.

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