terça-feira, dezembro 15, 2009

Orçamento rectificativo

Quando ontem me insurgi contra a rebaldaria de como se gastam os dinheiros públicos não podia imaginar que minhas próprias contas estavam à beira do colapso. E de tal modo, que tive que apresentar à família um orçamento rectificativo (ou redistributivo, ou lá o que é).


E não julguem que a situação tem a ver com as compras de Natal. Não, as coisas estavam muito bem controladas e nada fazia prever que houvesse necessidade de alterar fosse o que fosse.


O que veio abalar as minhas finanças foi a notícia do Expresso que me fez saber que a dívida do sector público dos transportes custa 1 400,00 euros a cada português. Dito por outras palavras, cada residente neste belo país deve ao Estado 1 400,00 euros só para pagar os prejuízos dos transportes públicos.


Como nada tenho para vender que constitua um proveito extraordinário que possa fazer face às despesas extraordinárias de que agora tive conhecimento, não tive outro remédio do que elaborar um “rectificativo” orçamental.


O pior – e a acreditar na afirmação da líder do PSD “o grande problema é que não se conhece a verdadeira situação das contas públicas” - é se até ao fim do ano ainda aparecerem outras despesas inesperadas. Aí, não me restará outra alternativa senão apresentar um novo orçamento rectificativo ao rectificativo de agora, tal como faz o Governo. É a vida!


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