terça-feira, janeiro 11, 2011

Mourinho, um “orgulhoso português”



Já vão longe os tempos em que me emocionava quando via a bandeira portuguesa a ondular num mastro de qualquer cidade estrangeira.

Também me emocionei quando, anos depois, vi o Carlos Lopes e a Rosa Mota subirem aos mais altos lugares dos pódios das maiores competições internacionais de atletismo. Emocionei-me de novo quando ouvi José Saramago discursar em português ao receber o Nobel da Literatura. Tornei a emocionar-me há horas ao assistir à consagração de José Mourinho ao ser eleito pela FIFA o melhor treinador do ano.

E, desta vez, não foi apenas pelo facto de ser um compatriota a conquistar tal prémio, ele que de facto teve em 2010 uma caminhada tão gloriosa que conquistou tudo o que um treinador de um clube de futebol pode ambicionar ganhar. Não, a minha emoção foi sobretudo por ele ter feito um curto mas significativo discurso em … português (tal como o fizera Saramago) e ter afirmado convicto que falava em português por que era um “orgulhoso português”.

José Mourinho voltou a ser o “Special One” e, momentaneamente, deixámos de falar em “mercados” e em crise. Que mais poderíamos desejar?

Sei lá porquê, fui lembrar-me de uma pergunta feita há meses pelo jornal espanhol “Marca”:

“Qual a diferença entre Deus e Mourinho?” E a resposta óbvia e inteligente foi dada na hora:

“Deus nunca se sentiu Mourinho”.

Para bom entendedor …

1 comentário:

provocador disse...

kleenex ...

"à bon entendeur ..."