terça-feira, junho 07, 2011

O exemplo nem sempre vem de cima


Portugal, à semelhança de outros países periféricos, e não só, tem pela frente, e com calendário já definido, uma montanha de problemas para resolver. Não há dinheiro (não há mesmo, acreditem) e, sem ele, a solução para esses problemas torna-se ainda mais difícil. O novo governo que vai gerir o nosso país vai ter que “inventar” formas de, entre outras (muitas) coisas, pôr a economia a crescer e o emprego a aumentar, ao mesmo tempo que pagamos os milhões que devemos. Mas, meus Amigos, no fundo, no fundo, é connosco que o governo conta. Com o nosso trabalho, com a perda cada vez maior de regalias sociais, com a redução de salários e com o aumento de impostos, directos e indirectos. Não nos iludamos.


Mas perante a inevitabilidade de tão alto grau de sacrifícios e das medidas draconianas pedidas aos cidadãos, como entender que a Comissão Europeia (que não foi lá muito generosa com Portugal na ajuda que nos estão a prestar) se tenha decidido por um aumento de 4,9% no seu orçamento já depois de terem sido tornados públicos os montantes que os seus deputados gastaram despudoradamente em viagens, hotéis, festas e outras despesas de luxo?


Pelos vistos, a Comissão Europeia desconhece o velho provérbio “O exemplo deve vir de cima”.



1 comentário:

demascarenhas disse...

Só para complementar o que foi dito no post, o Negócios Online informou que só em viagens de avião para os comissários foram gastos 7,5 milhões de euros entre 2006 e 2010 (...) em festas de luxo foram gastos 300 mil euros - incluindo uma em Amesterdão que custou 75 mil euros - e que foi descrita como "cheia de maravilhas como nenhuma outra". "Orquestras de topo a dar música aos convidados, jóias da Tiffany para os oradores..."
Mas como se não chegasse toda esta farra, a massa para gastar tem que crescer, pelo que, a Comissão Europeia decidiu aumentar em 4,9% o seu orçamento para 2012.