segunda-feira, setembro 26, 2011

Se calhar o melhor é fazer-lhe a vontade



Estou muito preocupado pelo que está a acontecer na Madeira. O Paraíso do Jardim parece querer desmoronar-se à medida que se vão levantando as pontas do tapete e estão a aparecer as dívidas até agora escondidas. E dívidas que foram sendo contraídas apesar dos vários perdões concedidos pelos Governos da República.


Mas a minha preocupação cresce por ter ouvido Jardim dizer, num primeiro momento, que a Madeira não tinha dívida alguma, para depois admitir que a dívida da região poderá situar-se nos cinco mil e tal milhões de euros. Porém, o CDS-Madeira já afirmou que o “buraco” é superior a 7 mil milhões sem contar com as dívidas das Câmaras e das empresas municipais. Isto para já. Um buraco colossal que irá, inevitavelmente, agravar a já periclitante situação do nosso país.


Claro que Jardim desvalorizou o facto e argumentou - de forma despudorada - que o montante da sua dívida é idêntico ao passivo do Metro do Porto e que, já que tanto se fala dos perdões de dívida da Madeira, gostaria de saber quanto é que foi perdoado aos PALOPS. Argumentos deselegantes e desadequados que pretendem apenas esconder a verdadeira questão: para além da dívida, o que está em causa é o facto de a terem ocultado. E isso constitui um crime previsto no nosso ordenamento jurídico.


Para nós portugueses não basta que a Moody’s já tenha cortado o rating da Região e que mantenha as perspectivas de um novo corte para breve. Não, queremos também exigir que aos sacrifícios que nos têm sido pedidos não se venham juntar os outros decorrentes da megalomania irresponsável de Alberto João Jardim.


Mas porque, como já aqui afirmei, é possível que tudo continue mais ou menos na mesma depois das eleições Regionais do próximo dia 9 de Outubro, se Alberto João, para se ver livre dos “gajos do continente”, quer mesmo a independência do Arquipélago, como afirmou de forma inflamada num comício de campanha nos últimos dias, porque não fazer-lhe a vontade? DÊ-SE A INDEPENDÊNCIA À MADEIRA. JÁ! Depois de 30 anos de lhe estendermos a mão – subservientes e temerosos – é tempo dos portugueses do Continente, dos Açores e muitos da própria Madeira, dizerem bem alto – ESTAMOS FARTOS! BASTA!

1 comentário:

Fernando Gomes disse...

Olá meu bom Amigo,


A questão da Madeira é um exemplo vivo de que em Portugal o crime compensa, pois os infractores não são devidamente castigados. O que se passa na Madeira é absolutamente inacreditável, e só revela que o Senhor Alberto além de ser uma pessoa mal-educada, sem princípios, arrogante, convencida, é um péssimo Gestor dos dinheiros públicos. Portugal não pode ser governado por pessoas irresponsáveis, que em vez de contribuírem para o seu desenvolvimento, ainda agravam mais a situação económica do Pais. Aquilo que deveria ser feito, e que é o mínimo que se espera, não é ceder ao apelo do Senhor Alberto João, mas sim, e de uma vez por todas, expulsa-lo da política Portuguesa. Tal como se encontra estipulado por lei para muitas profissões, a expulsão e consequente interdição ao exercício da referida profissão, também se deveria aplicar no caso do Senhor Alberto João. Infelizmente não temos ninguém com “mão de ferro” que ponha cobro a situações como esta, por isso não admira que tenhamos chegado ao ponto em que chegámos. Tal como disse o nosso tão agora famoso ex-futebolista Paulo Futre, neste “Pais vale tudo”, e vale tudo mesmo. Até quando vamos ficar a assistir pávidos e serenos ao afundar do navio? Até quando vamos conseguir apertar o cinto e pagar pelos actos dos outros? Chega de palhaçadas e de palhaços, pois o caso é muito sério e terá de ser tratado com muito rigor e justiça.