Quando Passos Coelho pede aos parceiros sociais um compromisso mas, ele próprio, não se quer comprometer com coisa alguma ou quando pede um acordo urgente com o Partido Socialista depois de meses a fio ter ignorado ostensivamente o principal partido da oposição, porque carga de água é que, agora, eu devia ficar admirado com o facto do PSD estar a preparar o seu próprio guião da reforma do Estado?
Não foi já apresentado um guião pelo CDS, partido da coligação que suporta o Governo, para reformar o Estado ? O que fizeram ao "papel", perdão, ao documento que foi elaborado pelo Vice-Primeiro Ministro, Paulo Portas, líder do CDS?
Diz o porta-voz dos sociais-democratas, Marco António Costa, que o PSD está a recolher contributos dos parceiros sociais para elaborar um documento próprio sobre a reforma do Estado.
Já nem os partidos de coligação conseguem chegar a acordo.
Depois de tantos compromissos jogados fora, o PSD chegou finalmente à conclusão que, agora sim, está na hora de reunir "o máximo consenso possível e fará seguramente do ano de 2014 um ano crucial no diálogo social e no diálogo inter-partidário". Será que ainda vai a tempo? Será que ainda haverá interlocutores capazes de esquecer que, num passado recente, viram rasgados compromissos assumidos?
A não ser que a língua portuguesa não seja o forte dos partidos da coligação. Depois de manifestarem total desconhecimento do que quer dizer a palavra IRREVOGÁVEL, provavelmente também não sabem o que é um COMPROMISSO.
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