Alexandre O’Neill (1924-1986) fez da pátria o seu tema mais constante, e do verso crítico o pincel com que pintou paisagens, gestos e costumes quotidianos.
“Um grande poeta menor" (tal como foi considerado Aleixo), transbordante de sonhos e sedento de realidades submersas, foi em vida, e é em morte, incompreendido e por vezes votado ao esquecimento.
Esse terá sido o preço (demasiado alto, em minha opinião) que pagou por se ter recusado a enveredar pela poesia do populismo fácil.
E porque é um dos meus poetas preferidos, deixo-vos, meus Amigos, com uma excelente poesia a que chamou justamente “Amigo”
“Um grande poeta menor" (tal como foi considerado Aleixo), transbordante de sonhos e sedento de realidades submersas, foi em vida, e é em morte, incompreendido e por vezes votado ao esquecimento.
Esse terá sido o preço (demasiado alto, em minha opinião) que pagou por se ter recusado a enveredar pela poesia do populismo fácil.
E porque é um dos meus poetas preferidos, deixo-vos, meus Amigos, com uma excelente poesia a que chamou justamente “Amigo”
Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo».
«Amigo» é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
«Amigo» (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
«Amigo» é o contrário de inimigo!
«Amigo» é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.
«Amigo» é a solidão derrotada!
«Amigo» é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!
1 comentário:
Ser Amigo (realce à letra maiúscula) é de facto uma grande tarefa. Felizmente é das que oferece melhores recompensas!!! Um grande beijinho, Amigo.
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