Eu sei que falar em assuntos deste tipo é chover no molhado. Estou já cansado de alertar os mais distraídos para os desmandos que se verificam em muitas das nas nossas empresas públicas, a maior parte delas a serem escandalosamente mal geridas e a fazer com que o dinheiro dos contribuintes seja desbaratado sem qualquer proveito para as próprias empresas e para o país. Mas ninguém faz parar o nacional-porreirismo que alastra imparavelmente nas empresas cujo accionista único é o Estado.
De uma auditoria efectuada pelo Tribunal de Contas à Administração do Porto de Lisboa, relativa aos exercícios de 2002/2006, para além de outras irregularidades graves detectadas, esse trabalho concluiu que as dívidas da empresa ascendem a 57,2 milhões de euros, das quais 34,3 milhões são dívidas de curto prazo.
Com uma empresa nesta situação dramática, que recorre sistematicamente ao individamento para financiar o seu investimento, que para ter tido lucros neste último ano teve que vender património, que nas suas várias Administrações (e teve 3 em apenas 3 anos), não apresentou (porque possivelmente não tinha) planos estratégicos de actuação, que se mostrou ineficaz na cobrança de dívidas que se situam só entre as entidades públicas (nomeadamente as autarquias de Lisboa e de Oeiras) em 3,37 milhões de euros, numa empresa numa situação dificílima como esta, dizia eu, como é que se entende que se tenha gasto só em automóveis para a Administração, Directores e Chefes de Serviço nada menos de 829 mil euros, a que se juntam outros custos para gasolina, portagens e estacionamentos.
E diz o Tribunal de Contas, e digo eu também, tamanho volume de despesas não é compatível com uma empresa pública fortemente individada.
Perante as conclusões obtidas por esta auditoria, pergunto, que acções é que vão ser tomadas? Ou será que, mais uma vez, vai tudo continuar na mesma?
De uma auditoria efectuada pelo Tribunal de Contas à Administração do Porto de Lisboa, relativa aos exercícios de 2002/2006, para além de outras irregularidades graves detectadas, esse trabalho concluiu que as dívidas da empresa ascendem a 57,2 milhões de euros, das quais 34,3 milhões são dívidas de curto prazo.
Com uma empresa nesta situação dramática, que recorre sistematicamente ao individamento para financiar o seu investimento, que para ter tido lucros neste último ano teve que vender património, que nas suas várias Administrações (e teve 3 em apenas 3 anos), não apresentou (porque possivelmente não tinha) planos estratégicos de actuação, que se mostrou ineficaz na cobrança de dívidas que se situam só entre as entidades públicas (nomeadamente as autarquias de Lisboa e de Oeiras) em 3,37 milhões de euros, numa empresa numa situação dificílima como esta, dizia eu, como é que se entende que se tenha gasto só em automóveis para a Administração, Directores e Chefes de Serviço nada menos de 829 mil euros, a que se juntam outros custos para gasolina, portagens e estacionamentos.
E diz o Tribunal de Contas, e digo eu também, tamanho volume de despesas não é compatível com uma empresa pública fortemente individada.
Perante as conclusões obtidas por esta auditoria, pergunto, que acções é que vão ser tomadas? Ou será que, mais uma vez, vai tudo continuar na mesma?
1 comentário:
Afinal não há motivos para grandes preocupações.
No DN de hoje o Presidente da Administração do Porto de Lisboa já vem justificar que a frota automóvel que custou todo aquele dinheiro, é necessária para fiscalizar todas as áreas sob jurisdição do Porto de Lisboa e que incluem extensas zonas das margem sul e norte do Tejo.
No entanto, e embora esses veículos estejam identificados, não vá o diabo tecê-las, a APL vai instalar um sistema GPS em todos os carros para os controlar e para que não haja utilizações abusivas.
Confessem que já estavam a pensar coisas dos homens ...
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