Apesar das inúmeras campanhas de informação sobre a sida levadas a cabo nestes últimos anos, chega-se afinal à conclusão que de pouco ou nada serviram. Pelo menos é a ideia com que se ficou, depois de esta semana ter sido noticiado o resultado de um inquérito realizado pela investigadora Aliete Cunha-Oliveira, da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.
Segundo se apurou, um em cada dez estudantes acha que a pílula anticoncepcional protege da sida.
Revela-nos ainda esse estudo, que apenas 52,6% dos inquiridos afirmou usar sempre preservativo.
Perante estes dados, das duas uma, ou a rapaziada está completamente a leste dos reais perigos que põem em risco a sua saúde e a dos seus parceiros sexuais e, isso, é uma tremenda inconsciência, ou, pior ainda, agem como se já houvesse tratamento eficaz para a essa doença mortal e pensam que a sida não passa de uma enfermidade corriqueira mais ou menos do género da gripe. Resumindo, uma tremenda burrice.
Tanto mais que estamos a falar de uma faixa de população que deveria, em princípio, ter conhecimentos sobre o assunto, Não só porque são estudantes universitários, mas também porque têm um melhor acesso à informação.
A sensação com que se fica é que perante esta inesperada constatação, há muito trabalho para fazer. A aparente negação social e psicológica do problema da sida leva-nos a repensar no tipo de acções que são necessárias desenvolver e a brevidade com que têm ser concretizadas.
Pílulas anticoncepcionais que protegem da sida?
Se não fosse para chorar, diria que o caso fazia rir. Mais do que a burrice assumida, é a demonstração cabal de uma ignorância preocupante.
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