Se hoje trago para tema de conversa o nome do actual presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, não se deve apenas ao facto de ele ter vencido as eleições presidenciais de domingo, à primeira volta e com 69,6 por cento dos votos. Isso já era sobejamente esperado, ainda que tivessem sido detectados mais de 200 situações de violação da lei eleitoral.
Na verdade, o delfim de Putin já era dado como certo no Kremlin e, por isso, todo o processo decorreu conforme o esperado. Medvedev é agora o presidente e, o até aqui todo poderoso presidente, Vladimir Putin, passou do cadeirão da presidência no Kremlin para a cadeira de primeiro-ministro da Casa Branca (a da Rússia, não a dos Estados Unidos, muito menos a da pequena povoação daquele minúsculo país que tem um tal Manuel Pinho como Ministro da Economia, aquele que inventou a tão badalada campanha publicitária “Portugal Europe's West Coast” onde foram gastos (investidos?) 3 milhões de euros.
Portanto, tudo como dantes ... quartel general em Abrantes. Medvedev é presidente e Putin continua a mandar. Da mesma forma que aconteceu recentemente em Cuba, quando Fidel Castro renunciou aos cargos de Presidente do Conselho de Estado e de Comandante-em-Chefe a favor do seu irmão Raul Castro, ficando Raul sentado na cadeira do poder e continuando Fidel a mandar. Por conseguinte, nada de especial a referir.
Então porque razão é que hoje eu estou a falar de Dmitri Medvedev? Apenas para lembrar que a pré-candidata democrata à presidência dos Estados Unidos Hillary Clinton, durante um debate com o outro pré-candidato democrata Barack Obama, não soube dizer com precisão o nome do presidente russo, Medvedev.
Titubeou, engasgou-se e lá disse Med... ou lá o que é!...
Apesar dos Estados Unidos terem montanhas de problemas para resolver assim que conseguirem enxotar o já considerado pior presidente americano de sempre – George W. Bush – o que na verdade sobressaiu nas manchetes dos jornais e na abertura de todos os telejornais do mundo, foi a semi-gaffe de Hillary Clinton. Logo ela que se orgulha dos seus vastos conhecimentos em política externa.
A verdade é que Hillary poderia ter-se saído muito melhor daquela situação se, em vez de tentar dizer o nome do presidente russo, que é arrevesado como o diabo, dissesse simplesmente Dmitri. Pareceria mais íntimo, demonstraria um conhecimento mais profundo do que estava a falar e seria – infinitamente – mais simples.
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