Muita coisa mudou nestes últimos cinquenta anos e, uma das coisas que mudou, e muito, foi a forma como as pessoas vêm, sentem e vivem os casamentos. Dantes, um casamento era para toda a vida, agora, é enquanto durar, muito embora eu pense que as pessoas ao casar, estejam realmente convencidas que o fazem para toda a vida. Pelo menos, naquele momento.
Então, porque fracassam os casamentos duradouros? Para além da independência económica das mulheres, outrora inexistente, e que, de alguma forma, “aguentavam” muitos desses casamentos, hoje, a impaciência perante as dificuldades da vida, o egoísmo, os problemas resultantes de uma vida a dois, cuja gestão nem sempre é fácil, a falta de maturidade dos noivos e a indisponibilidade para fazer concessões e sacrifícios, poderão ser apontadas como algumas das razões que põem em risco a durabilidade de um casamento. E daí, as separações cada vez mais frequentes. Tão frequentes que, em cada 33 segundos, um casamento é desfeito na União Europeia.
Portugal que tantas vezes aparece no topo das tabelas, quase sempre e infelizmente, pelos piores motivos, também neste item consegue a pontuação máxima, sendo o país da União Europeia com maior número de divórcios.
Segundo um estudo do Instituto de Política Familiar, Portugal registou de 1995 a 2004 o maior aumento na taxa de divórcios (89%), claramente à frente da Itália (62%) e da Espanha (59%).
Mas esta onda de divórcios é, de facto, alarmante em todo o mundo. Só na EU (ainda dos 15) registaram-se em apenas 15 anos mais de 10 milhões de divórcios, verificando-se que em cada dois casamentos, um termina em divórcio.
Então, porque fracassam os casamentos duradouros? Para além da independência económica das mulheres, outrora inexistente, e que, de alguma forma, “aguentavam” muitos desses casamentos, hoje, a impaciência perante as dificuldades da vida, o egoísmo, os problemas resultantes de uma vida a dois, cuja gestão nem sempre é fácil, a falta de maturidade dos noivos e a indisponibilidade para fazer concessões e sacrifícios, poderão ser apontadas como algumas das razões que põem em risco a durabilidade de um casamento. E daí, as separações cada vez mais frequentes. Tão frequentes que, em cada 33 segundos, um casamento é desfeito na União Europeia.
Portugal que tantas vezes aparece no topo das tabelas, quase sempre e infelizmente, pelos piores motivos, também neste item consegue a pontuação máxima, sendo o país da União Europeia com maior número de divórcios.
Segundo um estudo do Instituto de Política Familiar, Portugal registou de 1995 a 2004 o maior aumento na taxa de divórcios (89%), claramente à frente da Itália (62%) e da Espanha (59%).
Mas esta onda de divórcios é, de facto, alarmante em todo o mundo. Só na EU (ainda dos 15) registaram-se em apenas 15 anos mais de 10 milhões de divórcios, verificando-se que em cada dois casamentos, um termina em divórcio.
Mas poder-se-á afirmar que, de facto, existe uma crise no casamento? Parece que não. Os números indicam que a maior parte das pessoas que se divorciam, voltam a casar. O que nos faz pensar que, na verdade, não é o casamento, enquanto instituição, que está em crise.
2 comentários:
Concordando com os considerandos apresentados gostaria, no entanto, de acrescentar uma sugestão: não resultará a 'crise'no casamento do facto de a maioria das pessoas pensar, antes de casar, no imediato segundo anterior ao 'Sim', como forma de desculpar ou minimizar as duvidas e incertezas: 'Se isto não der, divorcio-me!'?? Infelizmente, toma-se a decisão de casar nos mesmos moldes com que se decide comprar uns sapatos dispensáveis, não necessários, apenas porque são bonitos, estão na moda ou 'todos os amigos tem uns iguais'... Creio que, na realidade, cada vez se encontram menos pessoas que saibam a razão que os levou a casar e a tenham ponderado e amadurecido. E se não se sabe porquê, quando a pergunta surge, independentemente do motivo (ás vezes bem infantil), a primeira resposta é sempre a mais simples.
Bem, na minha opinião, o que leva à decisão de comprar uns sapatos - pegando no exemplo que deu - não será nunca comparável à decisão de dar o “Sim”. Os sapatos compram-se muitas vezes como resultado de “um repente” e muitas vezes ao chegar a casa, passado o impulso do momento, arrumam-se na prateleira, para nunca mais de lá saírem ou, quando muito, para serem trocados logo que possível. Já com o casamento, não me parece que uma pessoa tome essa decisão de ânimo leve, com o pensamento de que “se não der” se vai divorciar. Se assim for, isso resulta, quanto a mim, da falta de maturidade das pessoas em causa. Da mesma forma que não se compra uma casa à experiência, pensando que se o dinheiro não der para pagar ao Banco, existe sempre a possibilidade de vender a casa.
Há coisas na vida que não podem (ou pelo menos não devem) fazer-se com esse grau de irresponsabilidade. Certamente que muitos casamentos não darão certo porque, sobretudo com a convivência diária, os feitios se poderão incompatibilizar, “chocar”, mas isso faz parte dos imponderáveis que só o tempo virá a determinar. Porque, afinal, incertezas e dúvidas sobre o futuro de qualquer casamento, é um apanágio de todos os noivos.
Para além do mais “descasar” dá uma despesa e uma trabalheira dos diabos…
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