Ainda não recuperado do espanto e da indignação com que fiquei depois de conhecer a posição daqueles dois cónegos perante o aborto, de que vos falei ontem e já estou, de novo, em estado de choque.
E fiquei assim ao saber que cem mil jovens, de mais de 800 escolas públicas, com idades compreendidas entre os 11 e os 18 anos, foram questionados, entre muitas outras coisas, sobre se os pais (pais homens, claro está), “ou substitutos”, batiam, insultavam ou se obrigavam a fazer vida sexual com ele contra a vontade dela.
Eu sei que o inquérito pretendia avaliar se nas casas desses alunos havia situações de tensão familiar que pudessem vir a provocar violência doméstica. Percebo a preocupação. Louvo as iniciativas que tendam a acabar com esse problema terrível. Mas ...
Mas, como é que se pergunta a uma criança de 12 anos, por exemplo, se o pai (ou o substituto) obriga a mãe a ter relações sexuais? É um perfeito disparate! A pergunta em si mesma, é de uma falta de ética atroz. Mas fazer este tipo de perguntas a crianças que, regra geral, não têm acesso à vida íntima dos pais, nem têm que ter, é descabida, gratuita, despropositada e de uma enorme falta de bom senso.
1 comentário:
Vocês já me conhecem e sabem que eu não sou lá muito certo, mas se me dissessem a mim para conduzir aquele inquérito, eu teria perguntado à criançada se os pais tinham em cima da mesinha de cabeceira o Kamasutra.
Vai lá vai!
Enviar um comentário