Apesar de pertencermos à União Europeia, de onde emanam as directrizes que orientam, regem e submetem todos os Estados que a ela aderiram, continuo sinceramente a acreditar que há coisas em que muito dificilmente os povos deixarão de manter vontades próprias. Nomeadamente as que têm a ver com o festejo de certas tradições de muitos anos, algumas delas arreigadas a usos e costumes que foram transmitidos de pais para filhos, ao longo de sucessivas gerações.
Tradições, dizia, que devem, ou deveriam, continuar. Mas todas elas? Obviamente que não ...
Neste fim-de-semana fiquei deveras chocado ao ler uma notícia sobre uma dessas tais tradições, que um qualquer decreto, directiva ou lei, vinda de Bruxelas, de Estraburgo ou ali mesmo de S. Bento, devia por um ponto final e, se possível, imediatamente.
Dizia a notícia que numa aldeia do concelho de Mirandela, as crianças a partir dos dois anos são incentivadas pela família a fumar durante os dois dias de celebração da Festa dos Reis. Os pequenos fumam o maior número possível de cigarros e os adultos gravam as “proezas” em vídeo para as poderem recordar a vida inteira.
E esta incrível e impune façanha é feita em nome da preservação de uma tradição centenária que ninguém sabe explicar como nasceu e de onde surgiu.
É absolutamente irreal como a ignorância e a falta de bom senso das famílias e a inexplicável ausência das autoridades que deveriam assegurar e proteger as nossas crianças, permitam que em pleno século XXI se continue a perpetuar uma “tradição” que, por tão selvagem, seria mais fácil de a encontrarmos num qualquer país (dos mais atrasados) do terceiro mundo.
Tradições, dizia, que devem, ou deveriam, continuar. Mas todas elas? Obviamente que não ...
Neste fim-de-semana fiquei deveras chocado ao ler uma notícia sobre uma dessas tais tradições, que um qualquer decreto, directiva ou lei, vinda de Bruxelas, de Estraburgo ou ali mesmo de S. Bento, devia por um ponto final e, se possível, imediatamente.
Dizia a notícia que numa aldeia do concelho de Mirandela, as crianças a partir dos dois anos são incentivadas pela família a fumar durante os dois dias de celebração da Festa dos Reis. Os pequenos fumam o maior número possível de cigarros e os adultos gravam as “proezas” em vídeo para as poderem recordar a vida inteira.
E esta incrível e impune façanha é feita em nome da preservação de uma tradição centenária que ninguém sabe explicar como nasceu e de onde surgiu.
É absolutamente irreal como a ignorância e a falta de bom senso das famílias e a inexplicável ausência das autoridades que deveriam assegurar e proteger as nossas crianças, permitam que em pleno século XXI se continue a perpetuar uma “tradição” que, por tão selvagem, seria mais fácil de a encontrarmos num qualquer país (dos mais atrasados) do terceiro mundo.
2 comentários:
Admira-me que só agora tenhas tido conhecimento desta "tradição". É daquelas que todos os anos tem direito a reportagem no telejornal da hora de almoço.
Um bocado à semelhança das cheias do Ribatejo, que não são nem notícia, nem propriamente cheias. Mas as televisões vão lá na mesma.
De qualquer forma, isto é um belíssimo exemplo de como hábitos profundamente degradantes sem mantêm vivos sob a protecção do rótulo de tradição. A tradição parece justificar quase tudo.
Fumem, crianças, fumem! Fumem muito e gabem-se a toda a gente!
E já agora, vamos soltar também um sonoro VIVA aos touros de morte! E ao Circo de Roma! Se é tradição, então está tudo bem.
Ao contrário do que se possa pensar à primeira vista, este tradição de fazer fumar a criançada, poderá constituir, apenas, um acto profiláctico. Assim, os miúdos, de tanto fumarem em dois dias seguidos, vão ficar tão cheios de fumo e tão cheios de nicotina que nunca mais vão querer pegar num cigarro. E se calhar, de tão cheios, são capazes de nunca mais querer olhar para os burgessos dos progenitores.
Viva a tradição!
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