segunda-feira, maio 14, 2007

Mais ou Menos


É demasiado frequente recebermos como resposta ao nosso
“Bom dia, como estás?” um desanimado
“Mais ou menos”.

Não menos frequente, é quando perguntamos
“Então, as férias foram boas, correu tudo bem?”, ouvirmos um inexpressivo
“Ah!, mais ou menos”.

Um povo que é “mais ou menos” não chega a ser um povo. Não é nem mais nem menos, é apenas uma espécie de “assim-assim” que, por ser isso e não mais do que isso, não tem expressão, não tem alma e não tem sentimento.


Mas não tem que ser assim! Por isso, e para que de algum modo sejamos levados a alterar a postura deste modo de estar na vida, vos trago um poema de Chico Xavier denominado, precisamente




Mais ou Menos



Podemos morar numa casa mais ou menos,
Numa rua mais ou menos,
Numa cidade mais ou menos,
E até ter um governo mais ou menos.


Podemos dormir numa cama mais ou menos,
Comer um feijão mais ou menos,
Ter um transporte mais ou menos,
E até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro.


Podemos olhar em volta,
E sentir que tudo está mais ou menos,
Tudo Bem!


O que não podemos mesmo,
Nunca, de jeito nenhum ...

É amar mais ou menos,
Sonhar mais ou menos,
Ser amigo mais ou menos,
Namorar mais ou menos,
Ter fé mais ou menos,
E acreditar mais ou menos.


Se não, corremos o risco
De nos tornarmos
Uma pessoa mais ou menos!




Pouco conhecido em Portugal, Chico Xavier (de seu nome Francisco Cândido Xavier, (2 de Abril de 1910 a 30 de Junho de 2002) foi um médium brasileiro e célebre divulgador do Espiritismo no Brasil.

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostei!
Quem diria que um médium escreveria assim?