Duas pastelarias/padarias da região de Bragança aceitaram associar-se às comemorações do centenário do nascimento de Miguel Torga, considerado o maior escritor transmontano. Assim, quem comprar pão ou bolos durante todo o Verão naqueles dois estabelecimentos do Nordeste Transmontano, vai levar para casa também alimento para o espírito, isto é, vai levar poesia de Torga nas embalagens.
Desta maneira, caixas e sacos de plástico ou de papel passam a ser veículos literários da obra do escritor.
Quem sabe se numa dessas embalagens alguém virá a ter como presente este magnífico poema de Torga, que se chama precisamente
“UM POEMA”
Não tenhas medo, ouve:
É um poemaDesta maneira, caixas e sacos de plástico ou de papel passam a ser veículos literários da obra do escritor.
Quem sabe se numa dessas embalagens alguém virá a ter como presente este magnífico poema de Torga, que se chama precisamente
“UM POEMA”
Não tenhas medo, ouve:
Um misto de oração e de feitiço...
Sem qualquer compromisso,
Ouve-o atentamente,
De coração lavado.
Poderás decorá-lo
E rezá-lo
Ao deitar
Ao levantar,
Ou nas restantes horas de tristeza.
Na segura certeza
De que mal não te faz.
E pode acontecer que te dê paz...
Miguel Torga, pseudónimo de Adolfo Correia Rocha, nasceu em São Martinho de Anta em 12 de Agosto de 1907 e faleceu em Coimbra a 17 de Janeiro de 1995. Para além de médico, foi um dos mais importantes escritores portugueses do século XX.
Miguel Torga, pseudónimo de Adolfo Correia Rocha, nasceu em São Martinho de Anta em 12 de Agosto de 1907 e faleceu em Coimbra a 17 de Janeiro de 1995. Para além de médico, foi um dos mais importantes escritores portugueses do século XX.
Considerado por muitos como tendo um trato difícil e carácter duro, sempre fugiu das elites pedantes e a sua postura perante a vida fê-lo estar sempre mais perto dos mais desfavorecidos, dando consultas médicas gratuitas a gente pobre.
É lembrado por quem o conheceu como um homem de bom coração e de boa conversa. Foi o primeiro vencedor do Prémio Camões.
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