quinta-feira, abril 10, 2014

O novo acordo ortográfico foi um passo em falso?



Ao contrário do que li em alguns artigos de opinião, acho perfeitamente legítimo que muitos se batam pela não aplicação do acordo ortográfico que alguns querem impor. Recentemente houve um debate parlamentar que, claro está, terminou sem conclusões. E isto reflecte bem a opinião de muitos portugueses que não vêem qualquer lógica na sua aplicação. Então, por que não aceitar que o Acordo Ortográfico foi um passo em falso em que não há vencedores nem vencidos?
 
A ortografia é a representação do idioma e, porque está em constante evolução, se diz dinâmica. Embora haja quem defenda que a forma como escrevemos não altera o modo como dizemos as palavras, tenho para mim, que falamos como escrevemos. Com as devidas excepções e tendo em conta - lá está - as introduções que vão sendo adaptáveis.

O que nunca aceitei foi a cedência pura e simples aos interesses do Brasil só por que tem muito mais gente e há interesses a respeitar. Brasil que, curiosamente, ainda não aprovou formalmente o acordo. E, sejamos realistas, o A.O. não aproximou Portugal e Brasil, como nos quiseram impingir, nem facilitou o intercâmbio cultural e o interesse literário. Nada!
 
Ainda que o acordo só mude 2% das palavras que, nós portugueses, normalmente usamos, há uma questão de princípio que eu continuo a defender.

Mas sobre os tais interesses a que eu me referia, amanhã cá estaremos para abordar o assunto.

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