sexta-feira, abril 27, 2007

Porque é que se ganha um concurso?

Uma das coisas que eu nunca consegui aceitar é que alguém ganhe um concurso sem que eu perceba realmente porquê. Ganhou porque tinha uma cultura geral acima da média ou porque teve apenas sorte? Não interessa, em qualquer dos casos, ganhou o concurso e eu bato palmas. Mas se não vejo nada disso e o “artista” ganha na mesma é claro que fico aborrecido.

Foi o que se passou quando Salazar ganhou na televisão pública o concurso de “O maior português de sempre”. Eu nunca consegui atinar com o porquê. Eu sei que foram os votos dos portugueses que o levaram à vitória. De uma maneira não muito transparente, convenhamos, mas, assim mesmo, foi o primeiro e, de facto, com os votos de milhares de portugueses.

Mas o que eu não percebia mesmo é o que é levava tantos portugueses a votar no homem. Seria a saudade? Seria a esperança, qual D. Sebastião, que ele conseguisse endireitar um país que, para muitos, está completamente perdido?

Até que, alguém me fez chegar às mãos um documento que me fez abrir os olhos e perceber, finalmente, o porquê. Afinal, os portugueses tinham toda a razão para eleger António de Oliveira Salazar como o melhor, ou ele não tivesse uma personalidade e um “currículo” impressionante e imbatível.

Senão, apreciem algumas das “suas obras” :

. 1931 - O estudante V. Branco foi morto pela PSP, durante uma manifestação no Porto;
. 1932 - Armando Ramos, um jovem, é morto em consequência de espancamentos; Aurélio Dias, fragateiro, é morto após 30 dias de tortura; Alfredo Ruas, é assassinado a tiro durante uma manifestação em Lisboa;
. 1934 – 18 de Janeiro - Américo Gomes, operário, morre em Peniche após dois meses de tortura; Manuel Vieira Tomé, sindicalista ferroviário morre durante a tortura; Júlio Pinto, operário vidreiro, é morto à pancada; a PSP mata um operário conserveiro durante a repressão de uma greve em Setúbal;
. 1935 - Ferreira de Abreu, dirigente da organização juvenil do PCP, morre no hospital após ter sido espancado na sede da PIDE;
. 1936 - Francisco Cruz, operário da Marinha Grande, morre na Fortaleza de Angra do Heroísmo, vítima de maus tratos(tinha sido deportado do 18 de Janeiro de 1934); Manuel Pestana Garcez, trabalhador, é morto durante a tortura;
. 1937 – Morte de Ernesto Faustino, operário; José Lopes, operário anarquista, morre durante a tortura, sendo um dos presos da onda de repressão que se seguiu ao atentado a Salazar; Manuel Salgueiro Valente, tenente-coronel, morre em condições suspeitas no forte de Caxias; Augusto Costa, operário da Marinha Grande, Rafael Tobias Pinto da Silva, de Lisboa, Francisco Domingues Quintas, de Gaia, Francisco Manuel Pereira, marinheiro de Lisboa, Pedro Matos Filipe, de Almada e Cândido Alves Barja, marinheiro, de Castro Verde, morrem no espaço de quatro dias no Tarrafal, vítimas das febres e dos maus tratos; Augusto Almeida Martins, operário, é assassinado na sede da PIDE (PVDE)durante a tortura; Abílio Augusto Belchior, operário do Porto, morre no Tarrafal, vítima das febres e dos maus tratos;
. 1938 -António Mano Fernandes, estudante de Coimbra, morre no Forte de Peniche, por lhe ter sido recusada assistência médica, sofria de doença cardíaca; Rui Ricardo da Silva, operário do Arsenal, morre no Aljube, devido a tuberculose contraída em consequência de espancamento perpetrado por seis agentes da Pide durante oito horas; Arnaldo Simões Januário, dirigente anarco-sindicalista, morre no campo do Tarrafal, vítima de maus tratos; Francisco Esteves, operário torneiro de Lisboa, morre na tortura na sede da PIDE; Alfredo Caldeira, pintor, dirigentedo PCP, morre no Tarrafal após lenta agonia sem assistência médica;
. 1939 - Fernando Alcobia, morre no Tarrafal, vítima de doença e de maus tratos;
. 1940 - Jaime Fonseca de Sousa, morre no Tarrafal, vítima de maus tratos; Albino Coelho, morre também no Tarrafal; Mário Castelhano, dirigente anarco-sindicalista, morre sem assistência médica no Tarrafal;
. 1941 - Jacinto Faria Vilaça, Casimiro Ferreira, Albino de Carvalho, António Guedes Oliveira e Silva, Ernesto José Ribeiro, operário, e José Lopes Dinis morrem no Tarrafal;
. 1942 - Henrique Domingues Fernandes morre no Tarrafal; Carlos Ferreira Soares, médico, é assassinado no seu consultório com rajadas de metralhadora, os agentes assassinos alegam legítima defesa (?!); Bento António Gonçalves, secretário-geral do P. C. P. Morre no Tarrafal; Damásio Martins Pereira, fragateiro, morre no Tarrafal; Fernando Óscar Gaspar, morre tuberculoso no regresso da deportação; António de Jesus Branco morre no Tarrafal;
. 1943 - Rosa Morgado, camponesa do Ameal (Águeda), e os seus filhos António, Júlio e Constantina, mortos a tiro pela GNR; Paulo José Dias morre tuberculoso no Tarrafal; Joaquim Montes morre no Tarrafal com febre biliosa; José Manuel Alves dos Reis morre no Tarrafal; Américo Lourenço Nunes, operário, morre em consequência de espancamento perpetrado durante a repressão da greve de Agosto na região de Lisboa; Francisco do Nascimento Gomes, do Porto, morre no Tarrafal; Francisco dos Reis Gomes, operário da Carris do Porto, é morto durante a tortura;
. 1944 -General José Garcia Godinho morre no Forte da Trafaria, por lhe ser recusado internamento hospitalar; Francisco Ferreira Marques, de Lisboa, militante do PCP, em consequência de espancamento e após mês e meio de incomunicabilidade; Edmundo Gonçalves morre tuberculoso no Tarrafal; assassinados a tiro de metralhadora uma mulher e uma criança, durante a repressão da GNR sobre os camponeses rendeiros da herdade da Goucha (Benavente), mais 40 camponeses feridos a tiro.
. 1945 - Manuel Augusto da Costa morre no Tarrafal; Germano Vidigal, operário, assassinado com esmagamento dos testículos, depois de três dias de tortura no posto da GNR de Montemor-o-Novo; Alfredo Dinis (Alex),operário e dirigente do PCP, é assassinado a tiro na estrada de Bucelas; José António Companheiro, operário, de Borba, morre de tuberculose em consequência dos maus tratos na prisão;
.1946 - Manuel Simões Júnior, operário corticeiro, morre de tuberculose após doze anos de prisão e de deportação; Joaquim Correia, operário litografo do Porto, é morto por espancamento após quinze meses de prisão;
. 1947 - Jose Patuleia, assalariado rural de Vila Viçosa, morre durante a tortura na sede da PIDE;
. 1948 - Antonio Lopes de Almeida, operário da Marinha Grande, é morto durante a tortura; Artur de Oliveira morre no Tarrafal; Joaquim Barreiros, marinheiro da Armada, morre no Tarrafal após doze anos de deportação; Antonio Guerra, operário da Marinha Grande, preso desde 18 de Janeirode 1934, morre quase cego e após doença prolongada;
. 1950 - Militão Bessa Ribeiro, operário e dirigente do PCP, morre na Penitenciaria de Lisboa, durante uma greve de fome e após nove meses de incomunicabilidade; Jose Moreira, operário, assassinado na tortura na sede da PIDE, dois dias após a prisão, o corpo é largado por uma janela do quarto andar para simular suicídio; Venceslau Ferreira morre em Lisboa após tortura; Alfredo Dias Lima, assalariado rural, é assassinado a tiro pela GNR durante uma manifestação em Alpiarça;
. 1951 - Gervásio da Costa, operário de Fafe, morre vítima de maus tratos na prisão;
. 1954 - Catarina Eufémia, assalariada rural, assassinada a tiro em Baleizcão, durante uma greve, grávida e com uma filha nos braços;
. 1957 - Joaquim Lemos Oliveira, barbeiro de Fafe, morre na sede da PIDE no Porto após quinze dias de tortura; Manuel da Silva Júnior, de Viana do Castelo, é morto durante a tortura na sede da PIDE no Porto, sendo o corpo, irreconhecível, enterrado às escondidas num cemitério do Porto; Jose Centeio, assalariado rural de Alpiarça, e assassinado pela PIDE;
. 1958 - Jose Adelino dos Santos, assalariado rural, e assassinado a tiro pela GNR, durante uma manifestação em Montemor-o-Novo, vários outros trabalhadores feridos a tiro; Raul Alves, operário da Póvoa de Santa Iria, após quinze dias de tortura, é largado por uma janela do quarto andar da sede da PIDE, à sua morte assiste a esposa do embaixador do Brasil;
. 1961 - Cândido Martins Capilé, operário corticeiro, é assassinado a tiro pela GNR durante uma manifestação em Almada; José Dias Coelho, escultor e militante do PCP, é assassinado à queima-roupa numa rua de Lisboa;
. 1962 - Antonio Graciano Adágio e Francisco Madeira, mineiros em Aljustrel, assassinados a tiro pela GNR; Estêvão Giro, operário de Alcochete, e assassinado a tiro pela PSP durante a manifestação do 1º.de Maio em Lisboa;
. 1963 - Agostinho Fineza, operário tipógrafo do Funchal, é assassinado pela PSP, sob a indicação da PIDE, durante uma manifestação em Lisboa;
. 1964 - Francisco Brito, desertor da guerra colonial, é assassinado em Loulé pela GNR; David Almeida Reis, trabalhador, assassinado por agentes da PIDE durante uma manifestação em Lisboa;
. 1965 - General Humberto Delgado e a sua secretaria Arajaryr Campos assassinados a tiro em Vila Nueva del Fresno (Espanha), os assassinos, o inspector da PIDE Rosa Casaco e o sub-inspector Agostinho Tienza e o agente Casimiro Monteiro;
. 1967 - Manuel Agostinho Góis, trabalhador agrícola de Cuba, more vítima de tortura na PIDE;
. 1968 - Luís Antonio Firmino, trabalhador de Montemor, morre em Caxias, vítima de maus tratos; Herculano Augusto, trabalhador rural, é morto espancado no posto da PSP de Lamego por condenar publicamente a guerra colonial; Daniel Teixeira, estudante, morre no Forte de Caxias, em situação de incomunicabilidade, depois de agonizar durante uma noite sem assistência;
. 1969 - Eduardo Mondlane, dirigente da Frelimo, assassinado através de um atentado organizado pela PIDE;
. 1972 - José Antonio Leitão Ribeiro Santos, estudante de Direito em Lisboa e militante do MRPP, assassinado a tiro durante uma reunião de apoio à luta do povo vietnamita e contra a repressão, o seu assassino, o agente da PIDE Coelha da Rocha, viria a escapar-se na "fuga -libertação" de Alcoentre, em Junho de 1975;
. 1973 - Amílcar Cabral, dirigente da luta de libertação da Guiné e Cabo Verde, é assassinado por um bando mercenário a soldo da PIDE, chefiado por Alpoim Galvão;
. 1974 – 25 de Abril - Fernando Carvalho Gesteira, de Montalegre, José Barreto, de Vendas Novas, Fernando Barreiros dos Reis, soldado de Lisboa, e José Guilherme Rego Arruda, estudante dos Açores, assassinados a tiro pelos pides acoitados na sua sede na Rua António Maria Cardoso, ainda feridas duas dezenas de pessoas.
A PIDE acabou como começou, assassinando.

Mas pode-se ainda, referir, duas centenas de homens, mulheres e crianças massacradas a tiro de canhão durante o bombardeamento da cidade do Porto, ordenada pelo coronel Passos e Sousa, na repressão da revolta de 3 de Fevereiro de 1927. Dezenas de mortos na repressão da revolta de 7 de Fevereiro de 1927 em Lisboa, vários deles assassinados por um pelotão de fuzilamento, às ordens do capitão Jorge Botelho Moniz, no Jardim Zoológico.
Dezenas de mortos na repressão da revolta da Madeira, em Abril de 1931, ou outras tantas dezenas na repressão da revolta de 26 de Agosto de 1931. Um número indeterminado de mortos na deportação na Guiné, Timor, Angra e no Cunene. Um número indeterminado de mortos devido à intervenção da força fascista dos "Viriatos" na guerra civil de Espanha e a entrega de fugitivos aos pelotões de fuzilamento franquista, as dezenas de mortos em São Tomé, na repressão ordenada pelo governador Carlos Gorgulho sobre os trabalhadores que recusaram o trabalho forçado, em Fevereiro de 1953. Muitos milhares de mortos durante as guerras coloniais, vítimas do Exército, da PIDE, da OPVDC,dos "Flechas", etc.

Claro que agora percebo perfeitamente porque é que Salazar ganhou o concurso. Naturalmente que esses milhares de votantes não poderiam ter ficado insensíveis a um homem que, para além de deixar o país miseravelmente analfabeto e atrasado, dirigiu e incitou a corja de extorsionários que levaram a cabo a tortura e a matança de tanta gente, apenas e só porque não concordavam com a política do governo. Nunca esses votantes poderiam ter ficado insensíveis a ele e aos seus seguidores e protegidos que tanto perseguiram e destruíram famílias inteiras.
Haja memória!

6 comentários:

Anónimo disse...

"Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo"

Sophia Mello Breyner

Anónimo disse...

Tal como em 1974 a ignorância e o analfabetismo continuam por ai (talvez algo atenuados mas presentes) ... nessa altura não percebemos a importância das sessões de alfabetização (pelo menos eu...).
Hoje sabemos que o analfabetismo funcional em Portugal é um dos maiores da Europa, e que muita gente não lê um único livro durante anos. Será por isso que a tradição oral (e mesmo o diz que disse) é ainda tão forte.

O povo vai dizendo:
"diz-se que foi um grande estadista" ou "ele é que endireitou o país" ou ainda "naquele tempo não havia malandragem", enfim entre outras barbaridades históricas.
E digo eu, estas mensagens orais, que no tempo da PIDE - eram quase subliminares, tem feito a cabecinha de muita gente.

E pensando bem, não é este o povo a quem tem sido dado o privilégio de decidir nestes 33 anos ?
Não será por isso que temos aqueles no poder ?

Afinal há um grande trabalho a fazer, por todos os verdadeiros democratas. Abater os estigmas, combater as ideias feitas, muitas delas passadas pela igreja católica inquisidora, instruir o povo, mostrar as verdades - os factos. Este trabalho começa naturalmente na nossa família, com os nossos amigos, com os nossos vizinhos, com os nossos colegas, nas associações, na rua, eu sei lá ... neste blog.

Viva a formação do povo

Anónimo disse...

Obrigado, Paula, por nos trazer um lindíssimo verso de Sophia Mello Breyner, que traduz, de forma exemplar, o ressurgimento da esperança oferecida pelo novo Portugal de Abril e o alívio de ver para trás as trevas e o medo em que se vivia.

A minha grande esperança é que o testemunho poético de Sophia, conjuntamente com estes dois últimos textos que aqui ficaram registados, ajudem as pessoas, sobretudo as mais novas (e as mais velhas também), a perceberem um pouco mais sobre o que foi a ditadura e a forma como viviam as pessoas sob um regime opressivo e violento.

Anónimo disse...

E então? Matou umas quantas pessoas, qual é o mal? Não se esqueçam que foi Salazar que fez com que Portugal não entrasse na II Grande Guerra.

Ah, não, espera... mas nós tivemos o Ultramar. Bolas, então também não foi por isso que ele ganhou.

Ah, já sei! Ele fez milagres com a nossa economia... quer dizer, vivia-se muito mal na mesma, portanto também não deve ter sido isso que lhe valeu este prémio.


Ok, tenho de pensar mais um pouco. Deve haver uma explicação para isto.

Anónimo disse...

Vamos lá ver. É certo de que gosto, genericamente, dos comentários do Porcos no Espaço (que não sei se conheço pessoalmente), e gosto em geral porque os acho sensatos e muitas vezes cheios de humor, embora nem sempre esteja de acordo com ele.

Mas nestas coisas do humor nunca se conhecem bem os limites até onde se pode ir. Isto, porque a partir de determinado ponto, esse humor pode ofender terceiros e, sobretudo pode ser um humor de mau gosto se esses terceiros foram torturados por terem convicções ou, porque muitos deles já nem vivos estão.

E nesta matéria, porque vivi muitos anos em ditadura e porque assisti de perto ao sofrimento de muita gente que se opunha a Salazar, não vou dizer que me incompatibilizo com o Porcos no Espaço nem com o seu humor, não chego a tanto. Mas quero dizer, sem paternalismos mas de uma forma pedagógica, que Salazar quando entrou para o governo teve, de facto, o mérito de conseguir sanear as contas públicas (1928/1933) e teve a habilidade de, mediante posições dúbias perante as restantes nações, de conseguir a neutralidade que permitiu que não entrássemos na II Grande Guerra (1939/1945), mas depois ...

Depois, guiando-se sempre pela frase que ficou célebre “Orgulhosamente Sós”, fechou o país ao mundo, permitiu e incentivou o analfabetismo e mandou para as prisões centenas de jovens e trabalhadores que foram torturados e mortos, e para uma guerra colonial milhares de mancebos que, a maioria, não fazia a mínima ideia porque é que estava ali, e muitos deles morreram e muitos outros regressaram estropiados e com traumas de guerra para toda a vida. Uma guerra injusta que matou milhares de vítimas entre os portugueses e entre os povos que acabariam por se tornar independentes.

É natural que as gerações mais novas não se apercebam disso (não têm culpa, não os informaram sobre este passado recente, nem em casa nem na escola. Ainda há dias uma professora não soube responder a uma aluna quando ela lhe perguntou o que era a PIDE) mas a verdade é que o país, em muitos aspectos, ainda está a sofrer os resultados daquela política mesquinha de 48 anos de ditadura, que abalaram profundamente as estruturas políticas e sociais do país.

Só pretendi dar mais uma achega. Um abraço ao Porcos.

Anónimo disse...

Agradeço o elogio, mas de facto não percebi onde é que o meu comentário possa ter ofendido quem quer que seja.

Ironizei com as razões que levaram Salazar a ser distinguido como o melhor português de sempre. Quando se atribui um prémio deste género (uma espécia de prémio de carreira) deve-se ter em conta tudo o que a pessoa fez e representou.

Salazar pode ter feito algumas coisas boas, sobretudo a nível da economia do país, no início. Mas depois...

Depois estragou tudo. E de que maneira!

Diria que quando se atribui um prémio carreira a alguém que fez mais coisas más do que boas, algo não bate certo.