Sempre embirrei com as montras de vidros espelhados que teimam em devolver a imagem de quem passa à sua frente. Desde sempre, é verdade, mas esse sentimento tem aumentado substancialmente com o passar dos anos. Por que será?
Não é, certamente, por uma questão de (mau) feitio mas, quem sabe, por que a imagem do meu corpo esbelto que vejo reflectido no vidro, parece mostrar um certo volume abdominal que, de facto, eu não tenho, não quereria ter ou não gosto de ver.
Já tentei ignorar todas as montras que caminham ao meu lado. Melhor dizendo, desprezei-as pura e simplesmente. Contudo, nem sempre consigo manter o olhar firme para a frente, acabando por ceder, aqui e ali, ao olhar de soslaio que, com vaidade, procura o meu outro eu, o tal que se impõe pela sua pujante elegância, lindo como um Deus do Olimpo.
Percebem, agora, por que odeio esses malditos vidros espelhados?
Não é, certamente, por uma questão de (mau) feitio mas, quem sabe, por que a imagem do meu corpo esbelto que vejo reflectido no vidro, parece mostrar um certo volume abdominal que, de facto, eu não tenho, não quereria ter ou não gosto de ver.
Já tentei ignorar todas as montras que caminham ao meu lado. Melhor dizendo, desprezei-as pura e simplesmente. Contudo, nem sempre consigo manter o olhar firme para a frente, acabando por ceder, aqui e ali, ao olhar de soslaio que, com vaidade, procura o meu outro eu, o tal que se impõe pela sua pujante elegância, lindo como um Deus do Olimpo.
Percebem, agora, por que odeio esses malditos vidros espelhados?
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