Recentemente a imprensa deu conta da preocupação manifestada pelo Presidente da União de Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos:
“Há cada vez mais famílias a retirar idosos de lares das misericórdias para os levarem para casa e obterem, assim, mais uma fonte de rendimento"
O "retirar idosos de lares para os levarem para casa" parece-me bem. Seria desejável que as famílias pudessem assumir essa atitude e ter junto de si os seus idosos. Como acontecia antigamente.
No entanto, as condições de vida de hoje são bem diferentes das de outrora e poucos são aqueles que podem acolher os seus idosos. Às famílias foge-lhes o tempo (porque todos os da casa trabalham) e sobram-lhes a situação económica desesperante e as enormes dificuldades em arranjar pessoas minimamente qualificadas para cuidarem dos seus. E, sejamos claros, talvez a razão maior para que esse impedimento aconteça, seja o resultado daquilo que o nosso egoísmo gerou - a ideia de que o “natural” é “despachar” os velhos para qualquer lado, a bem do conforto e da tranquilidade daqueles que lhes deviam bastante mais.
Por cruel que pareça e que isso nos custe a admitir, o destino da maioria de nós está já traçado. Mais dia menos dia encontrar-nos-emos numa sala de um qualquer lar, casa de repouso ou, para os mais afortunados, uma residência sénior. É a vida!
Porém, o que mais me indignou, foi a constatação de que muitas pessoas retiram os seus velhos dos lares, não para que eles se sintam mais aconchegados em casa na última fase da vida, mas apenas para lhes sacarem as suas magras pensões que servirão como fonte adicional de receita para as despesas da família.
Não é o amor que os move, apenas a ganância.
Atitude torpe e desumana.
“Há cada vez mais famílias a retirar idosos de lares das misericórdias para os levarem para casa e obterem, assim, mais uma fonte de rendimento"
O "retirar idosos de lares para os levarem para casa" parece-me bem. Seria desejável que as famílias pudessem assumir essa atitude e ter junto de si os seus idosos. Como acontecia antigamente.
No entanto, as condições de vida de hoje são bem diferentes das de outrora e poucos são aqueles que podem acolher os seus idosos. Às famílias foge-lhes o tempo (porque todos os da casa trabalham) e sobram-lhes a situação económica desesperante e as enormes dificuldades em arranjar pessoas minimamente qualificadas para cuidarem dos seus. E, sejamos claros, talvez a razão maior para que esse impedimento aconteça, seja o resultado daquilo que o nosso egoísmo gerou - a ideia de que o “natural” é “despachar” os velhos para qualquer lado, a bem do conforto e da tranquilidade daqueles que lhes deviam bastante mais.
Por cruel que pareça e que isso nos custe a admitir, o destino da maioria de nós está já traçado. Mais dia menos dia encontrar-nos-emos numa sala de um qualquer lar, casa de repouso ou, para os mais afortunados, uma residência sénior. É a vida!
Porém, o que mais me indignou, foi a constatação de que muitas pessoas retiram os seus velhos dos lares, não para que eles se sintam mais aconchegados em casa na última fase da vida, mas apenas para lhes sacarem as suas magras pensões que servirão como fonte adicional de receita para as despesas da família.
Não é o amor que os move, apenas a ganância.
Atitude torpe e desumana.
1 comentário:
Actual e pertinente a crítica dos Gato Fedorento (ainda nos tempos áureos):
http://br.youtube.com/watch?v=IHBcCHeRM44
Ainda nesse contexto, há uns tempos deixei um post no meu blog (passe a publicidade):
http://vejocaras.blogspot.com/2008/10/laos-de-famlia.html
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