Os portugueses estão demasiado fartos dos políticos e das polémicas geradas por assuntos que não têm qualquer interesse para o seu quotidiano. E, também estão cansados da indiferença com que muitos desses políticos ignoram as matérias que, essas sim, têm a ver com o dia-a-dia dos cidadãos e com o estado do país.
Daí que não me tenha incomodado em demasia com as afirmações que Manuela Ferreira Leite proferiu durante um almoço na Câmara do Comércio Americana em Portugal.
Segundo a líder do PSD a enorme dificuldade em reformar certos sectores contra a vontade das respectivas classe profissionais, poderia justificar um tipo de medidas mais drásticas. “Até nem sei se não seria bom estar seis meses sem democracia para pôr tudo na ordem e depois voltar à democracia”, disse Ferreira Leite.
A afirmação é, de facto, preocupante e os partidos à sua esquerda e à sua direita reagiram prontamente, indignando-se pelo posicionamento anti-democrático da líder do PSD, a qual, disseram alguns, mostrou a sua verdadeira cara.
Mas dentro do próprio PSD choveram, também, inúmeras críticas contra a Drª. Manuela. Luís Filipe Menezes não perdeu a ocasião de sublinhar que a esta “gafe” juntam-se outras igualmente graves como foram os discursos sobre o aumento do salário mínimo e sobre os cabo-verdianos e ucranianos.
E é neste contexto de tamanha crispação, de guerras de palavras e de lutas intestinas, que os portugueses, bem mais preocupados com a crise económica que lhes afecta os bolsos, olham desinteressados e desiludidos para a classe política que temos.
Mesmo admitindo que Manuela Ferreira Leite quis colocar no discurso uma dose de ironia (de que não nos apercebemos), mesmo que saibamos que existem muitos exageros em períodos pré-eleitorais, mesmo assim, penso que não é admissível ouvir a responsáveis políticos tantos e tão graves dislates.
No caso de Manuela Ferreira Leite, porém, já todos percebemos que o problema maior acaba por não ser a substância do que diz mas sim a enorme falta de jeito e a inabilidade política que lhe é característica. E, quando o jeito não abunda ...
Daí que não me tenha incomodado em demasia com as afirmações que Manuela Ferreira Leite proferiu durante um almoço na Câmara do Comércio Americana em Portugal.
Segundo a líder do PSD a enorme dificuldade em reformar certos sectores contra a vontade das respectivas classe profissionais, poderia justificar um tipo de medidas mais drásticas. “Até nem sei se não seria bom estar seis meses sem democracia para pôr tudo na ordem e depois voltar à democracia”, disse Ferreira Leite.
A afirmação é, de facto, preocupante e os partidos à sua esquerda e à sua direita reagiram prontamente, indignando-se pelo posicionamento anti-democrático da líder do PSD, a qual, disseram alguns, mostrou a sua verdadeira cara.
Mas dentro do próprio PSD choveram, também, inúmeras críticas contra a Drª. Manuela. Luís Filipe Menezes não perdeu a ocasião de sublinhar que a esta “gafe” juntam-se outras igualmente graves como foram os discursos sobre o aumento do salário mínimo e sobre os cabo-verdianos e ucranianos.
E é neste contexto de tamanha crispação, de guerras de palavras e de lutas intestinas, que os portugueses, bem mais preocupados com a crise económica que lhes afecta os bolsos, olham desinteressados e desiludidos para a classe política que temos.
Mesmo admitindo que Manuela Ferreira Leite quis colocar no discurso uma dose de ironia (de que não nos apercebemos), mesmo que saibamos que existem muitos exageros em períodos pré-eleitorais, mesmo assim, penso que não é admissível ouvir a responsáveis políticos tantos e tão graves dislates.
No caso de Manuela Ferreira Leite, porém, já todos percebemos que o problema maior acaba por não ser a substância do que diz mas sim a enorme falta de jeito e a inabilidade política que lhe é característica. E, quando o jeito não abunda ...
2 comentários:
Pelo título fiquei com a sensação de que ias falar no descalabro do Maracanã. Mas eu compreendo, é para esquecer, né?
De facto poderia ter utilizado o mesmo o título, caso tivesse comentado o Brasil - 6 Portugal – 2. Só que eu acho que à equipa nacional faltam muitas coisas, mas o jeito não, seguramente.
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