Na noite chuvosa de sexta-feira passada decidi duas coisas: fui ao cinema e, na sequência, atribuí o meu voto a um filme concorrente aos Óscares de Hollywood do próximo dia 27. É certo que não faço parte do júri nem sequer sou especialista em cinema e é também verdade que não vi ainda todos os filmes que estão nomeados, mas a minha resolução está tomada.
O “Discurso do Rei” encheu-me as medidas, como se costuma dizer. Baseado na história verídica do Rei Jorge VI, um monarca tímido que lutava contra a gaguez, o filme tem uma óptima realização e está extraordinariamente interpretado. Colin Firth (o rei) e Geoffrey Rush (o terapeuta) são magistrais e os diálogos estão muito bem construídos.
Não se trata de uma reconstituição de época nem, tão-pouco, pretende mostrar uma visão detalhada sobre os meandros da governação de um reinado que ocorreu num período difícil, no início da II Guerra Mundial, mas assisti a uma história comum (que por acaso se passou com a família real inglesa), comovente e tocante. Uma história de pessoas muito diferentes que se encontraram pelos caprichos do acaso e acabaram ligados por laços de amizade que duraram até à morte.
Não é por acaso que o filme está nomeado para 11 estatuetas, entre as quais o de melhor filme, o de melhor actor principal (Colin Firth) e o de melhor actor secundário (Geoffrey Rush).
Eu gostei. Daí que eu diga “... and the winner is”: “The King’s Speech”, “O Discurso do Rei”.
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