A crónica publicada ontem, encaixa-se bem na galeria de “bonecos” que tantas vezes encontramos no nosso quotidiano.
Na história narrada, o protagonista é um taxista (já descobri grandes filósofos nesta classe profissional), mas a personagem bem poderia ser desempenhada por um “barman”, um cabeleireiro ou outra pessoa com profissão diversa.
É que, às vezes, por força das circunstâncias ou das características dos indivíduos que temos pela frente, os serviços que deles esperávamos, traduzem-se, afinal, em saber ouvir-nos, opinar e aconselhar. Nada mais (e não é pouco).
E há ainda aqueles que em vez de nos prestarem determinado serviço, acabam por usar a nossa experiência e saber, deixando-nos não na situação de utilizadores, mas de prestadores de serviços que não esperávamos executar.
Foi o que me aconteceu, há uns anos, numa consulta com o urologista que me acompanhava na época. A determinada altura, o médico considerou que a minha profissão não era susceptível de me provocar um “stress” causador de outras maleitas, ao que eu lhe respondi que não era bem assim, uma vez que a minha função de auditor me provocava um ...
Já nem ouviu o que eu ainda tinha para dizer. “Ah, você é auditor, ora ainda bem que conheço um porque tenho um problema financeiro para resolver e gostaria que me desse um parecer”.
Mais de uma hora depois, quando a consulta terminou, saí deixando-o satisfeito, com a resolução do seu problema encaminhada. E o curioso é que, ao deixar o consultório, paguei qualquer coisa como 85,00 euros por meia dúzia de minutos de confabulações sobre o que me levara lá, enquanto que o “meu parecer financeiro” ao senhor professor foi completamente gratuito.
É aquilo a que eu chamo o “virar-se o feitiço contra o feiticeiro”.
Na história narrada, o protagonista é um taxista (já descobri grandes filósofos nesta classe profissional), mas a personagem bem poderia ser desempenhada por um “barman”, um cabeleireiro ou outra pessoa com profissão diversa.
É que, às vezes, por força das circunstâncias ou das características dos indivíduos que temos pela frente, os serviços que deles esperávamos, traduzem-se, afinal, em saber ouvir-nos, opinar e aconselhar. Nada mais (e não é pouco).
E há ainda aqueles que em vez de nos prestarem determinado serviço, acabam por usar a nossa experiência e saber, deixando-nos não na situação de utilizadores, mas de prestadores de serviços que não esperávamos executar.
Foi o que me aconteceu, há uns anos, numa consulta com o urologista que me acompanhava na época. A determinada altura, o médico considerou que a minha profissão não era susceptível de me provocar um “stress” causador de outras maleitas, ao que eu lhe respondi que não era bem assim, uma vez que a minha função de auditor me provocava um ...
Já nem ouviu o que eu ainda tinha para dizer. “Ah, você é auditor, ora ainda bem que conheço um porque tenho um problema financeiro para resolver e gostaria que me desse um parecer”.
Mais de uma hora depois, quando a consulta terminou, saí deixando-o satisfeito, com a resolução do seu problema encaminhada. E o curioso é que, ao deixar o consultório, paguei qualquer coisa como 85,00 euros por meia dúzia de minutos de confabulações sobre o que me levara lá, enquanto que o “meu parecer financeiro” ao senhor professor foi completamente gratuito.
É aquilo a que eu chamo o “virar-se o feitiço contra o feiticeiro”.
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