Na semana passada esteve em Lisboa o maior Porta-Aviões nuclear do mundo. O “Enterprise” (O Big E, como também é conhecido o navio), é tão grande, tão grande, que devido à sua dimensão, teve que ficar ancorado ao largo de Lisboa, pois não conseguiu entrar no estuário do Tejo.
Com uma tripulação superior a 5 mil pessoas, este navio, com mais de 93.500 toneladas, é uma verdadeira cidade flutuante. Através do labirinto de corredores que percorrem o Porta-Aviões, existe de tudo um pouco: lojas, ginásios, gabinetes jurídicos e tudo o mais que costuma haver numa cidade em terra firme.
E a capacidade bélica deste “monstro” é de tal ordem que tem a possibilidade de lançar cada um dos 72 aviões que compõem a frota em cada 30 segundos.
Por isso, a beleza e a grandiosidade da estrutura mistura-se com a sensação de angústia provocada pelo seu poder destrutivo.
Mas esta foi a notícia que a generalidade dos portugueses deu conta através dos jornais e, principalmente, das televisões. O que não se disse é que, a exemplo, aliás, do que acontece sempre que um navio norte-americano vem a Lisboa, independentemente da qualidade e da grandeza do navio, é que a embaixada dos Estados Unidos oferece gratuitamente um determinado número dos seus “marines” a diversas entidades, para trabalho comunitário durante um dia.
Desta vez, 30 desses “marines” foram “oferecidos” à Entrajuda (que ainda dispensou uns quantos a outras Instituições de solidariedade social), onde durante um dia inteiro de trabalho, rebocaram e pintaram os muros exteriores do Banco Alimentar Contra Fome de Lisboa.
Deste trabalho solidário e voluntário, nada veio a público. Por isso, eu achei que devia ser devidamente publicitado.
Estamos habituados a que dos “States” nos chegue o pior e o melhor e, como é costume, desancamos sem dó nem piedade os americanos quando as coisas más que por lá se passam nos chegam aos ouvidos. Quando sabemos das boas, como é o caso, muitas vezes nem damos por elas.
Como se vê nunca se deve confundir a árvore com a floresta, se é que me entenderam!
3 comentários:
Espectáculo! Uma boa noticia :) Obrigada por divulgá-la!
Afinal os americanos são bons ou são maus?
arghh, confusão na cabeça...
Afinal, os americanos são simplesmente pessoas. E, como acontece em qualquer parte do mundo, incluindo Portugal, há pessoas boas, pessoas más e as nem por isso.
O que eu julguei entender do que o autor escreveu é que é bom que não se confunda o Bush e os seus sequazes com os outros americanos que, como se viu, são pessoas boas e solidárias
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