domingo, outubro 28, 2007

"Knojo!" de exposição


Se julgava que já tinha visto tudo de belo, de horrível ou de diferente, então desengane-se, porque, a partir de agora e até 24 de Agosto do próximo ano, poderá assistir no Pavilhão do Conhecimento, no Parque das Nações, em Lisboa, uma exposição completamente distinta de tudo o que viu até hoje. Uma exposição que se situa entre o repugnante e o divertido.

Já pensou, por acaso, porque é que certos gases que expelimos são tão mal cheirosos? Ou, no que causa o vómito ou o mau hálito? Essas e outras respostas podem ser encontradas nesta exposição, onde o visitante observa a formação de fluídos corporais como o cuspo, o ranho, o vómito e o suor, bem como a forma de os evitar, através de cuidados de higiene básico, como assoar o nariz e lavar as mãos.

E como o dia estará provavelmente reservado a "coisas nojentas", o Pavilhão do Conhecimento preparou vários "ateliers", especialmente pensados para os alunos de várias escolas que irão visitar a exposição. Descobrir que a digestão começa com o cuspo, fabricar uma substância muito parecida com o ranho ou provocar um arroto com substâncias químicas, são apenas alguns dos exemplos. Os mais corajosos poderão
mesmo a tentar identificar quatro cheiros diferentes não muito recomendáveis - boca, axilas, ânus e pés - e, ao que parece, esses cheiros são mesmo muito reais.

E não achará interessante saber o que provoca o mau hálito e o suor, e o que faz com que tenhamos barulhos estranhos do estômago ou porque se formam os "macacos do nariz"?
Bastante pedagógica é ainda a máquina dos gases intestinais, em que se percebe que os sons da aerofagia rectal - os 'puns' para as crianças, e não só - dependem do formato de cada anus.

De tudo isto e o mais que por lá encontrará, esta é, certamente, uma exposição que, apesar dos aspectos nojentos, aborda assuntos sérios e de forma séria e frontal.

E foi precisamente a frontalidade, a característica da exposição que o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, que inaugurou esta exposição, mais elogiou.

“Knojo!” – assim se chama a exposição - permite-nos, disse ainda o ministro, fazer o exorcismo das questões reprimidas desde criança e é capaz de não ultrapassar a fronteira entre o mau gosto e o que pode ser objecto de curiosidade”. Mariano Gago acrescentou, ainda, que “a linha entre a vulgaridade e o génio é muito ténue” e brincou dizendo que “há coisas mais nojentas dentro do cérebro de muitas pessoas do que o que está na exposição”.

De qualquer forma, esta é uma exposição a não perder, apesar de ser um tanto ou quanto nojenta!

1 comentário:

Porcos no Espaço disse...

Cheira-me que é capaz de ser interessante.